Publicidade

Unibanco aposta em telefonia na carteira sugerida

O chefe de análise do banco, Pedro Bastos, explicou que as ações de telecomunicações possuem uma elasticidade maior e, por isso, tendem a maximizar a tendência predominante na Bolsa.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Unibanco aumentou as apostas no setor de telecomunicações para aproveitar a recente melhora nas perspectivas para o mercado de ações nacional. A instituição elevou o peso das companhias de telefonia na carteira sugerida de março para 47%, frente aos 41% da lista de fevereiro. O chefe de análise do banco, Pedro Bastos, explicou que as ações desse segmento possuem uma elasticidade maior e, por isso, tendem a maximizar a tendência predominante na Bolsa. Como as expectativas são boas, a aposta é que a valorização das empresas escolhidas supere o Índice Bovespa. As escolhas do setor são Brasil Telecom operadora, Telemar holding e Telemar Norte Leste, no segmento fixo. Entre as celulares, são indicadas Celular CRT e Tele Celular Sul. Para aumentar a exposição no setor esse mês, o Unibanco incluiu a Telemar Norte Leste. A operadora possui praticamente os mesmos bons fundamentos que a holding Telemar, segundo Pedro Bastos. O preço-alvo das ações é de R$ 88,10, um potencial de valorização de aproximadamente 45%. Outra modificação no portifólio de março é entrada de Banco do Brasil para as preferências. Na opinião do chefe de análise do Unibanco, o programa de reestruturação feito pelo governo federal no ano passado deve fazer com que o banco aumente sua rentabilidade neste ano. O preço-alvo calculado para os papéis é de R$ 15,00, o que significa uma chance de ganho de cerca de 27%. Recentemente, o Unibanco iniciou a cobertura de Globex e Celesc, incluindo as duas empresas na carteira sugerida de março. No caso da companhia de varejo, Bastos acredita que o cenário macroeconômico é favorável ao consumo de bens duráveis, o que deve provocar um reaquecimento de vendas. As ações da Globex representam uma perspectiva de ganho de 26%, segundo cálculos do banco. O preço-alvo utilizado é de R$ 12,16. Ripasa Em março, a Ripasa também voltou para a lista de destaques. A companhia de papel e celulose apresentou resultados bastante satisfatórios no ano passado. Segundo Pedro Bastos, isso demonstra que a empresa tem capacidade para lidar bem com um cenário adverso, como a baixa no preço da celulose e a depreciação do real frente ao dólar. A projeção da instituição indica um preço-alvo de R$ 2,05 para os papéis da Ripasa, uma valorização de aproximadamente 62% frente à atual cotação. Além das inclusões, a carteira completa do Unibanco para este mês tem ainda Petrobras, Bradesco, AmBev e Cemig, já presentes no mês passado. Foram excluídas as ações de Petrobras BR Distribuidora, Itaú, Bahia Sul, Copel e Embraer. Os motivos da retirada são as altas recentes, no caso da distribuidora e do banco. Copel e Embraer, segundo ele, não contam com notícias positivas no curto prazo que possam motivar a valorização dos papéis. Quanto à Bahia Sul, Bastos afirmou que existem incertezas sobre o processo de fechamento de capital da companhia, com troca de papéis com a controladora Suzano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.