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Unibanco diz ter interesse na Nossa Caixa e pede leilão

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O vice-presidente de varejo do Unibanco, Márcio Schettini, afirmou à Agência Estado que o banco privado está interessado em adquirir a Nossa Caixa. O executivo frisou que o processo mais adequado para a venda do banco estadual deveria ser um leilão, pois trata-se de uma instituição pública. Segundo ele, o leilão teria capacidade de elevar o valor de alienação e maximizar os recursos que seriam arrecadados por seu controlador, o poder executivo paulista. De acordo com Schettini, o banco estadual "se encaixaria com bastante facilidade" nas intenções do Unibanco de expansão das suas operações de varejo, que foi anunciada no final do ano passado. "A Nossa Caixa vai de encontro ao nosso projeto de ampliar a rede de distribuição em São Paulo e complementar a estrutura de rede de agências", frisou. O vice-presidente de varejo do Unibanco não quis fazer comentários sobre qual seria o preço mínimo para a aquisição da Nossa Caixa. O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, José Carlos Vaz de Lima (PSDB), afirmou que o preço justo de venda da instituição deveria ser no mínimo duas vezes maior que o patrimônio da Nossa Caixa, que registrou R$ 2,867 bilhões no balanço de 31 de março deste ano. Assim, o preço mínimo deveria ser de R$ 5,7 bilhões. Schettini também não quis comentar a avaliação feita pelo presidente da Assembléia Legislativa, segundo a qual os deputados paulistas teriam condições bem menos favoráveis para aprovar a venda da Nossa Caixa para um banco particular, pois isso caracterizaria uma privatização e geraria grandes temores de fortes cortes do número de funcionários. "Não temos o controle do processo relativo à Nossa Caixa. Mas avaliamos que o leilão seria mais benéfico à sociedade, aos investidores e ao controlador", comentou Schettini.

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