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Unica defende pré-sal, mas pede marco para etanol

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O presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank, defendeu o programa do brasileiro de exploração de petróleo da camada pré-sal, cujo marco regulatório foi apresentado hoje em Brasília, mas cobrou uma ação idêntica do governo federal para o etanol (álcool combustível). "O pré-sal vai tornar o Brasil mais rico, mas nossa grande questão é quais são as políticas públicas que assegurarão a continuidade dessa diversidade que o País tem hoje", disse. "O governo tem lei para petróleo, gás e não tem para os biocombustíveis", completou Jank, que participou do fórum de abertura da Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira (Fenasucro), em Sertãozinho (interior de SP).O presidente da Unica lembrou que o Brasil tem as mais diversificadas matrizes de combustíveis e de energia do planeta, lembrou que o etanol é o combustível mais utilizado em veículos leves há mais de um ano e considerou um retrocesso uma possível utilização do petróleo para destruir os biocombustíveis. "Infelizmente como existe muita intervenção governamental, se algum governante futuro, o que não é o caso dos atuais, mexer em uma Cide, ou no ICMS, isso pode matar o nosso setor", disse Jank se referindo à tributação diferenciada que beneficia o etanol ante combustíveis de petróleo.Jank disse também que o marco regulatório para os biocombustíveis traria "mais segurança que no futuro as energias limpas e renováveis sejam premiadas como ocorreu nos últimos 30 anos no Brasil", concluiu.Já o diretor do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Alexandre Strapasson, rebateu as afirmações de Jank, defendeu "um aperfeiçoamento no marco regulatório já existente no Brasil" e considerou temeroso o envio de um novo projeto para o Congresso. "Mandamos um coelho e volta um monstro", comparou.

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