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Unidade do Goldman Sachs olha para China em meio a escândalo com metais

Por JOSE
Atualização:

A unidade de armazenagem de metais do Goldman Sachs está explorando a primeira investida na China, segundo fontes, conforme um escândalo financeiro em um importante porto chinês alimenta uma corrida por fatias do mercado. O suposto golpe --no qual uma trading chinesa é tida como suspeita por autoridades locais de ter usado de modo fraudulento um único carregamento de metal como garantia para múltiplos empréstimos-- abalou a confiança de bancos e comerciantes em empresas de armazenagem de metais do Ocidente, que dependem de agentes locais para supervisionar as operações nos armazéns. Isso intensificou uma batalha entre novos ingressantes e rivais entrincheirados no negócio multibilionário de armazenar com segurança as commodities do mundo na China, a maior produtora e consumidora de metais básicos. Conforme o Goldman pondera uma possível investida na China, companhias ocidentais de armazenagem que já operam no país, incluindo a unidade Pacorini Metals, da Glencore, e a Impala, da Trafigura [TRAFGF.UL], estão correndo para defender seus territórios. Elas estão buscando descartar agentes locais em favor de montar suas próprias operações domésticas para supervisionar os ativos de armazenagem diretamente, segundo sete fontes que trabalham para companhias de armazenagem ou usam seus serviços para armazenar metal. A Metro International Trade Services, uma grande companhia de armazenagem adquirida pelo Goldman em 2010, está olhando para a possibilidade de montar uma operação em Xangai e em outros locais alfândegados no país, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto. "Bancos ocidentais e outros tipos de financiadores querem uma alternativa ao que já está la", disse uma fonte. Um porta-voz para o Goldman não quis comentar. A possível investida vem em um momento crítico para o banco. Ele busca vender a Metro em meio a pressão de reguladores e legisladores dos Estados Unidos, que estão preocupados com o envolvimento de bancos de Wall Street no mercado de commodities físicas.

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