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Universitário deve controlar gastos na conta

Ao abrir uma conta universitária, o estudante muitas vezes recebe um limite de crédito. Para evitar gastos excessivos, é preciso planejar o orçamento mensal e só utilizar o limite em caso de emergência.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao abrir uma conta bancária, o estudante deve começar a planejar suas despesas de acordo com a sua renda - seja ela a mesada, salário ou bolsa auxílio, no caso de estagiários -, e não levando em conta o limite de crédito no banco. Nas instituições que oferecem crédito para universitários, o limite no cheque especial varia entre R$ 100 e R$ 350. Alguns bancos fornecem também um cartão de crédito com aproximadamente o mesmo limite do cheque especial. O limite de crédito oferecido pelos bancos deve ser utilizado apenas em casos de emergência e coberto assim que possível, pois os juros cobrados por sua utilização são bastante altos. No caso do cheque especial, por exemplo, a taxa média é de 8,51% ao mês atualmente, segundo pesquisa do Procon-SP, órgão de defesa do consumidor ligado ao governo estadual. O juro do cartão de crédito para parcelamento de compras está em 6,77% ao mês, em média, segundo pesquisa da própria Agência Estado. Para saque, o juro do cartão de crédito segue uma média ainda mais alta, 8,90% ao mês, também pela pesquisa da Agência Estado. Veja os dados completos na tabela abaixo. Se, por exemplo, o estudante utilizar R$ 200 reais do cheque especial e não cobrir esse valor durante 12 meses, gastará R$ 532,93 para quitar a dívida, tomando como base a média de 8,51% ao mês. Os juros são cobrados mês a mês e descontados do saldo em conta. Cuidado para não ficar com o nome sujo Além do crescimento acelerado da dívida por causa dos juros altos, o principal risco do descontrole nas finanças é ter cheques sem fundo depositados em conta, o que pode sujar o nome do estudante na praça. Segundo o Banco Central (BC), mesmo que o titular da conta seja menor de 21 anos, é ele quem responde por eventuais problemas de inadimplência. Quando um cheque é depositado e não há dinheiro disponível em conta para cobri-lo, ele é devolvido a quem o depositou e pode ser apresentado ao banco para cobrança mais uma vez. Pela devolução do cheque, os bancos cobram apenas uma taxa que é determinada por cada instituição financeira. Mas se o cheque for reapresentado e novamente não houver fundos, o nome do cliente vai para as listas de inadimplentes do Banco Central e da Serasa. A partir do momento em que o nome figurar nessas listas, não é mais possível ter crédito em estabelecimentos que consultarem essas listas, o que é uma prática muito comum. Limpar o nome dá trabalho e exige uma série de procedimentos burocráticos, além, é claro, da quitação da dívida.

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