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Usina Santa Lydia vai a leilão por R$ 30,7 milhões

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A Usina Santa Lydia, uma das duas unidades produtoras de açúcar e álcool de Ribeirão Preto (SP), e toda a fazenda em seu entorno vão a leilão no próximo dia 27 de novembro, às 14 horas, na Câmara Municipal de Cravinhos (SP). O leilão ocorre por determinação do juiz do trabalho Rogério Princivalli da Costa Campos para o pagamento de dívidas trabalhistas. Além da usina, com capacidade de moer cerca de 1,5 milhão de toneladas por safra, da propriedade de 161 alqueires e da cana-de-açúcar plantada sobre ela, o leilão inclui ainda o arrendamento para a Produtora Independente de Energia de Ribeirão Preto (PIE-RP) da unidade de co-geração, que está em funcionamento. O lance mínimo para o leilão é de R$ 30,7 milhões. De acordo com o edital do leilão, o arrendamento está avaliado em R$ 12,68 milhões e os bens da companhia em R$ 18,02 milhões. Se a usina for arrematada, o comprador terá de depositar 20% do valor no dia do leilão e os 80% nas 24 horas seguintes. O despacho do juiz informa ainda que "sobre o imóvel pesa hipoteca em favor do Banco Bradesco S/A e penhoras oriundas dos processos de execuções previdenciárias e fiscal, que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Fazenda Nacional, respectivamente, promovem perante a 9ª Vara Federal de Ribeirão Preto/SP". No entanto, o valor das dívidas não é informado. Pertencente ao Econômico, um grupo de empresários locais, a Santa Lydia é localizada às margens da rodovia que liga Ribeirão Preto a Pradópolis. A unidade chegou a moer cana e a produzir álcool e açúcar até meados da década de 90. Após o fim da produção, a usina seguiu ainda com a refinação do açúcar e até hoje gera energia elétrica a partir do bagaço no arrendamento, cujos pagamentos são depositados em juízo. Apesar de ser considerada a cidade central do maior pólo produtor de açúcar e álcool do País, Ribeirão Preto tem apenas duas usinas. Além da Santa Lydia, a Companhia Energética de Ribeirão Preto (Cerp) é a outra produtora da cidade e está arrendada por dez anos à família Miziara, de Barretos (SP).

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