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Usinas discutem financiamento de estoques de etanol

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Por Redação
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O setor sucroalcooleiro discute com o governo como será feito o financiamento dos estoques de etanol para atender a demanda no período da próxima entressafra, disse na terça-feira o presidente da Raízen, Vasco Dias. "Temos um custo para estocar o etanol e estamos discutindo como o governo poderá ajudar na formação deste estoque", afirmou Dias, que chefia a joint venture formada pela Shell e Cosan. Ele não informou, porém, qual seria aproximadamente o percentual da produção total a ser estocado ao final da temporada. A medida foi levantada pelo governo como forma de aliviar a forte alta dos preços na entressafra da cana, que tradicionalmente começa em novembro ou dezembro. No final do ano passado, o salto no preço do etanol elevou a demanda pela gasolina, levando a Petrobras a importar o combustível pelo segundo ano consecutivo. Segundo Dias, o setor vem trabalhando juntamente com governo, ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e Sindicom, sindicato das distribuidoras de conbustível, discutindo formas de fazer a estocagem com antecedência. "Devemos passar pela entressafra de forma mais tranqüila, mais uniforme", acrescentou o executivo, durante o anúncio do início das obras de construção do terminal de Itipirina, no interior de São Paulo. Ele observou ainda que, atualmente, o mix de etanol/açúcar na safra varia de 45 a 55 por cento. "Se continuar perto de 50 por cento, novos greenfields terão que ser feitos. Será preciso aumentar a produção e só brownfields não serão suficientes", disse. Dias afirmou que o setor também vem conversando com o governo sobre quais seriam as formas de elevar o investimento em novas usinas, para reforçar a produção tanto de açúcar quanto de etanol. "É preciso colocar o pé no acelerador nos dois. Não faz sentido tirar o pé do açúcar, um produto que tem um peso na balança (comercial brasileira)", reforçou. Segundo ele, a discussão foca em dois pontos, a garantia de cogeração e formas de financiamento via BNDES. (Reportagem de Fabíola Gomes)

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