PUBLICIDADE

Uso da capacidade na indústria dá salto em junho e vai a 83,3%

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O uso da capacidade instalada na indústria, importante indicador de pressão inflacionária, aumentou 0,8 ponto em junho frente ao mês anterior e atingiu novo recorde de 83,3 por cento, de acordo com dados dessazonalizados divulgados nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O novo patamar é o maior da série da CNI, iniciada em 2003, e veio após uma queda de 0,5 ponto no indicador em maio. "A volatilidade do indicador dessazonalizado da UCI no bimestre maio/junho não altera a trajetória de estabilidade da UCI observada desde o quarto trimestre de 2007", argumentou a CNI em nota. A entidade acrescentou que, na média do segundo trimestre, o nível do uso da capacidade foi de 83 por cento, valor semelhante ao registrado ao longo dos últimos nove meses. Um nível elevado do uso da capacidade instalada é um obstáculo para que as fábricas aumentem rapidamente sua produção em caso de aumento da oferta, o que pode estimular elevação de preços. Na comparação com junho do ano passado, o uso da capacidade instalada cresceu 0,9 ponto. O comportamento do indicador entre as indústrias, no entanto, foi heterogêneo. Segundo a CNI, a indústria automotiva respondeu por mais de um terço do uso da capacidade instalada nos 12 meses até junho. De 19 setores avaliados, 11 tiveram aumento do indicador, 6 tiveram queda e dois, estabilidade. INFLAÇÃO REDUZ MASSA SALARIAL A massa salarial na indústria teve retração de 0,3 por cento em junho frente maio, refletindo o impacto da inflação sobre as rendas dos trabalhadores. No acumulado do primeiro semestre, a massa salarial ainda acumula uma alta de 5,6 por cento ante o mesmo período de 2007. O faturamento da indústria cresceu 10,5 por cento em junho frente ao mesmo mês de 2007 e aumentou 2 por cento na comparação com maio. No semestre, o faturamento teve alta de 8,4 por cento, maior elevação da série da CNI. (Reportagem de Isabel Versiani; edição de Alexandre Caverni)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.