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Vaca louca no Canadá não ajuda o Brasil, diz confederação

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, disse hoje que a descoberta do foco de vaca louca no Canadá não terá influência imediata na abertura de novos mercados para a carne brasileira. ?O Canadá opera em mercados semelhantes ao americano. Primeiro é preciso abrir o mercado dos Estados Unidos para a carne bovina brasileira para depois conseguirmos vender para outros destinos, como Japão?, disse. Os mercados que foram fechados à carne bovina do Canadá deverão ser abastecidos pelos Estados Unidos. Além dos Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul e Hong Kong suspenderam as importações canadenses depois de confirmado do foco da doença, em Alberta. ?Precisamos do aval dos americanos para chegarmos a terceiros mercados?, afirmou. Sem vingança Para ele, a doença no rebanho do Canadá ?não tem gostinho de vingança?. ?Quando o assunto é sanidade, precisamos ser coerentes?, afirmou, referindo-se às dificuldades que os produtores brasileiros tiveram quando os canadenses levantaram dúvidas sobre a qualidade da carne brasileira no início de 2001. Naquele ano, alegando a possibilidade de a doença da vaca louca ter contaminado o rebanho brasileiro, o Canadá suspendeu as compras de carne bovina nacional. Estados Unidos e México tomaram a mesma atitude, o que levou a uma desconfiança internacional sobre o produto brasileiro. A decisão provocou mal-estar diplomático, pois não havia embasamento para o embargo. No final de fevereiro, depois de visita de autoridades sanitárias canadenses, o embargo foi suspenso.

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