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Vale anuncia investimentos de US$ 6,33 bi para 2007

O orçamento deste ano representa um aumento de US$ 1,8 bi nos investimentos feitos pela companhia no ano passado sem as aquisições no período

Por Agencia Estado
Atualização:

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou nesta sexta-feira que vai investir US$ 6,334 bilhões em 2007. Sem contabilizar as aquisições feitas pela mineradora, esse é o maior orçamento já programado pela empresa. No ano passado, a Vale investiu US$ 26 bilhões, sendo que desse total apenas US$ 3,241 bilhões foi em crescimento orgânico (US$ 2,765 bilhões em projetos e US$ 476 milhões em pesquisa e desenvolvimento). Segundo a mineradora, o orçamento deste ano representa um aumento de US$ 1,8 bilhão nos investimentos feitos pela companhia no ano passado sem as aquisições no período. A companhia explica que os gastos programados cresceram por conta da consolidação de novas subsidiárias, especialmente a CVRD Inco, que contribui com US$ 1,45 bilhão para o programa de investimentos deste ano; a maior concentração de desembolsos financeiros de alguns projetos de porte significativo já em implantação (Itabiritos, Onça Puma e a expansão das linhas 6 e 7 da Alunorte). "O crescimento da economia mundial, a retomada dos investimentos da indústria de mineração e metais, a elevação dos preços de matérias primas e a valorização contra o dólar americano de moedas de países exportadores de produtos minerais, como o real e o dólar canadense, contribuíram para forte alta dos custos de projetos", diz a Vale, em nota. Recursos diferenciados No negócio de minerais ferrosos, a empresa pretende investir US$ 1,635 bilhão - equivalente a 25,8% do total para este ano. De acordo com a mineradora, na análise por áreas, esse é o setor que contará com o maior investimento da Vale. A mineradora informa ainda que, para a área de alumínio serão alocados US$ 811 milhões, enquanto que os serviços de logística contarão com US$ 720 milhões. No setor de minerais ferrosos, a Vale informou que, nos últimos doze meses, foram concluídos três projetos de minério de ferro. De acordo com a Vale, em conjunto, "representam expansão de capacidade de produção de 60 milhões de toneladas: Carajás 85 Mtpa (milhões de toneladas por ano); Carajás 100 Mtpa e Brucutu." Projetos A Vale destacou ainda que pretende investir US$ 25 milhões no projeto de Ceará Steel, complexo siderúrgico que também conta com a participação das multinacionais coreana Dongkuk Steel, e da italiana Danieli. De acordo com o informe da empresa, somente em 2007, a Vale aportará US$ 13 milhões no projeto. De acordo com a Vale, o empreendimento deverá produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de placas de aço, e tem entrada em operação prevista para 2009. "A Companhia (no caso, a Vale) fornecerá para a Ceará Steel 2,5 milhões de toneladas de pelotas de redução direta por ano", informou, em comunicado. A companhia destacou ainda que investirá US$ 200 milhões na ThyssenKrupp CSA (CSA), que deverá produz cinco milhões de toneladas de placas de aço na planta que está construída no Rio de Janeiro. Investirá, ainda, US$ 14 milhões na conclusão da sétima usina hidrelétrica da empresa, a Capim Branco II, que está programada para entrar em operação neste primeiro trimestre. Recordes Segundo o presidente da Companhia, Roger Agnelli, 2007 pode ser um novo ano de recordes para a mineradora, como ocorreu em 2006 e 2005. Segundo ele, a produção de minério de ferro deve chegar a 300 milhões de toneladas no final desse ano. "Estamos crescendo a um ritmo de 30 milhões de toneladas por ano desde 2005", disse Agnelli em entrevista coletiva concedida para anunciar o Plano de Investimentos da companhia de US$ 6,3 bilhões. O executivo adiantou que no final de 2008 a mina de Carajás já deverá estar produzindo ao ritmo de 130 milhões de toneladas por ano. Hoje ela opera próximo a 100 milhões. O presidente da Vale traçou um cenário positivo para o mercado de minério de ferro mundial. O executivo não enxerga uma queda na demanda mundial até 2010. Segundo ele, por conta dos pesados investimentos em infra-estrutura que vem sendo feito no mundo, o consumo de aço tende a crescer, o que vai demandar mais minério de ferro. Aço Agnelli acrescentou que considera positiva a decisão do governo de desonerar a produção de aço dentro do PAC. "Para a Vale é bom porque compramos muito aço para estruturas metálicas dos nossos projetos. Acho que isso dá um alívio de preços, custos dos nossos projetos", explicou. Segundo ele, se a medida estimular o consumo de aço será ainda melhor para a companhia porque o minério de ferro é matéria-prima na produção de aço. O presidente da Vale acredita que o PAC mostrou as prioridades do governo ao dizer que vai focar esforços nos segmentos de educação, saúde, saneamento e infra-estrutura. Mas admitiu que sentiu falta de medidas voltadas para segurança da população. "O governo praticamente atendeu (no PAC) e passou pelas coisas que eu acho que o governo tem que focar. O resto, a iniciativa privada tem que fazer", afirmou. Matéria ampliada às 17h27

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