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Vale deixa segmento de papel e celulose

Por Agencia Estado
Atualização:

A Companhia Vale do Rio Doce vendeu nesta segunda-feira mais um ativo de papel e celulose e, com isso, encerrou os planos de permanecer neste segmento. A Floresta Rio Doce foi vendida para um consórcio formado pela Aracruz Celulose e a Bahia Sul, empresa que foi vendida pela mineradora para o Grupo Suzano no passado. O negócio está orçado em R$ 137 milhões e as duas empresas terão fatias iguais e independentes na Floresta. "Com isto, encerramos este capítulo de papel e celulose," disse o presidente da Vale, Roger Agnelli. Nesse setor, a Vale ainda tem a Celmar, mas esta não deverá ser vendida, mas transformada em um projeto para produção de gusa. Agnelli explicou que a mineradora já está conversando com a siderúrgica norte-americana Nucor nesse sentido. A Celmar não é uma empresa viável para a venda em razão do elevado endividamento, que gira em torno de US$ 90 milhões, sendo US$ 25 milhões com o BNDES. A Vale termina até o fim do ano um estudo para avaliar a viabilidade do projeto de gusa. O valor do negócio ainda está sujeito a variações, mas foi considerado baixo por alguns analistas. O diretor de Participações da Companhia Vale do Rio Doce, Antônio Miguel, estranhou o fato de analistas considerarem baixo o valor pago pela Aracruz e Suzano na compra de ativos da Floresta Rio Doce. Segundo o executivo, o valor de US$ 100 milhões, estimado pelo mercado financeiro nunca foi verdadeiro. "Fizemos várias avaliações e os números nunca bateram com esse valor", disse. Outro fator que pode ter afetado as avaliações é o fato do dólar ter subido muito nas últimas semanas. O diretor da CVRD destacou, ainda, que a venda engloba todas as florestas e terras em São Mateus (ES). Segundo ele, ainda restará nas mãos da mineradora alguns ativos que faziam parte da floresta em Minas Gerais, cerca de 10 mil hectares que devem ser negociados com fazendeiros locais até o fim do ano.

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