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Vale do Rio Doce traz vagões da China para atender demanda

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de ocupar toda a capacidade de produção da Amsted-Maxion com um pedido de 2,4 mil vagões no final do ano passado, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) decidiu importar vagões da China diante da incapacidade de produção nacional. Hoje, a Amsted-Maxion, que tem como sócia a American Steel Foundries, é a única fabricante de vagões de carga no mercado nacional. No exterior, a Vale do Rio Doce encomendou 1,2 mil vagões, com preço médio de R$ 100 mil. As unidades chegarão ao País entre outubro deste ano e fevereiro do ano que vem. O diretor-executivo da Área de Logística da Vale, Guilherme Laager, admite que esses investimentos ocorrem com cinco anos de atraso - a privatização completa das principais malhas da Rede Ferroviária Federal ocorreu em 1997. Segundo ele, a empresa só despertou para o real potencial do negócio de ferrovias no ano passado. "Até 2002, estávamos entendendo o que havíamos comprado e os clientes potenciais das rodovias não faziam as contas para saber os custos logísticos", afirma. Segundo ele, a Vale decidiu realizar o investimento em curto espaço de tempo porque conseguiu firmar contratos firmes com seus clientes. "Toda esses vagões estão carimbados. Nossa compra demonstra que há demanda", revela. Hoje, a área de logística da Vale ganha status dentro da companhia. "A logística é fator decisivo para a competitividade do minério da Vale, mas pode gerar outras receitas", conta Laager. Condições e desafios Há 350 clientes, de diversos setores da economia, e faturamento gira em torno de R$ 1,5 bilhão. Para rebater a opinião de que a mineradora utiliza potencialmente toda a capacidade de seus trens, o executivo diz que atualmente metade da carga transportada é da Vale e o restante, de empresas-clientes. O executivo conta que o grande desafio da empresa de logística da Vale, com pouco mais de um ano de vida, é criar novas rotas pelo Brasil. "Precisamos descobrir novos trajetos e estimular o maior uso de portos que não estão com a capacidade esgotada, como Aratu (BA), Sepetiba (RJ) e Suape (PE)", afirma.

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