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Vale é contra salvaguardas a importação aço

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, criticou nesta terça-feira a proposta de sobretaxar a importação de aço no Brasil, defendida por representantes do setor siderúrgico, para fazer frente às medidas protecionistas adotadas pelo governo dos Estados Unidos. "Sou contra qualquer tipo de barreira", afirmou ele, antes de inaugurar a Usina de Pelotização de São Luís (MA), que vai beneficiar até 6 milhões de toneladas de minério de ferro por ano - tudo para exportação. "Todo tipo de protecionismo é uma máscara para a ineficiência." De acordo com Agnelli, as restrições impostas pelos Estados Unidos não vão prejudicar a Vale a curto prazo. "Esse tipo de barreira acelera a reestruturação da indústria siderúrgica em escala mundial", declarou, destacando que o mercado internacional do aço está em ascensão. Com faturamento anual de US$ 5 bilhões, a Vale concentra suas exportações de minérios para a Ásia e a Europa. O presidente da empresa elogiou a postura do governo diante do protecionismo norte-americano. "O melhor é a negociação", disse, lembrando que a indústria brasileira do setor já é bastante competitiva. A usina de pelotização inaugurada ontem é a oitava da Vale e tem por finalidade preparar o minério de ferro para uso em siderúrgicas. Assim, o minério na forma de pó, retirado do solo na mina de Carajás, no Pará, será transformado em pequenas esferas metálicas e exportado por meio do Porto da Madeira - mantido pela própria companhia no Maranhão. Isoladamente a usina custou US$ 246 milhões, mas foram investidos outros US$ 162 milhões em obras na mina de Carajás, na rede ferroviária de 800 quilômetros de extensão e no porto, totalizando a aplicação de US$ 408 milhões. A produção deverá começar em junho e a previsão é atingir 6 milhões de toneladas por ano. Em 2002, no entanto, esse número deverá ficar em 2,5 milhões de toneladas. O faturamento anual previsto para a nova unidade é de US$ 200 milhões.

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