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Vale e pessimismo com EUA ditam 3a queda consecutiva

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

A queda das ações da Vale e o enfraquecimento de Wall Street no final da tarde pesaram na Bovespa, cujo principal índice marcou a terceira queda consecutiva nesta segunda-feira. O Ibovespa recuou 1,04 por cento, para 65.981 pontos. O giro financeiro do pregão foi de apenas 4,1 bilhões de reais, o segundo pior do mês. Em meio ao vaivém de notícias sobre a suposta candidatura à compra da empresa de fertilizantes canadense Potash, as ações preferenciais da mineradora brasileira Vale caíram 2,4 por cento, a 42,30 reais. Após o fechamento do pregão, a companhia afirmou em nota que os rumores sobre a compra de companhia produtora de fertilizantes são infundados. Individualmente, outros papéis ampliaram o peso sobre o Ibovespa. O processador de carne bovina JBS, que disse que vai tomar uma decisão "em momento oportuno" sobre a disputa envolvendo a sociedade com o grupo italiano Cremonini, encolheu 4,2 por cento, a 7,28 reais. No front externo, o medo continuado de desaceleração da economia mundial prevaleceu no final da tarde, empurrando para baixo os principais índices de Wall Street, que haviam operado no azul durante boa parte do dia em meio a notícias de fusões e aquisições. Os índices Dow Jones e S&P 500 caíram ambos 0,4 por cento. Diante de um cenário econômico mais incerto, o investidor preferiu uma postura mais cautelosa enquanto espera por importantes indicadores da economia norte-americana --na terça-feira serão divulgados o número de vendas de imóveis residenciais usados de julho e a atividade industrial de Richmond. Assim, mesmo companhias domésticas que agradaram o mercado com notícias animadoras conseguiram no máximo aliviar as perdas de suas ações. Foi o caso de OGX, que anunciou na sexta-feira a proposta de cisão da companhia, que deve resultar na venda da fatia da empresa nos blocos que possui na Bacia de Campos. A ação da empresa caiu 0,5 por cento, a 20,35 reais. "(A medida) é marginalmente positiva para a companhia, na medida em que é um passo concreto para essa venda, que é o grande catalisador de curto prazo para as ações da companhia", disse a analista Paula Kovarsky, da Itaú Corretora. No mesmo bloco, Banco do Brasil recuou 0,8 por cento, cotada a 29,40 reais, no dia em que o preço-alvo do papel foi elevado pelo Barclays. Ainda acusando as incertezas relativas ao processo de capitalização, a Petrobras viu seu papel preferencial cair mais 0,45 por cento, a 26,66 reais, também refletindo a quarta queda consecutiva do petróleo.

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