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Vale Inco quer temporários para enfrentar greve

Por Monica Ciarelli (Broadcast) e RIO
Atualização:

A Vale já considera a possibilidade de contratar funcionários temporários para reativar as operações em sua subsidiária de níquel no Canadá, a Vale Inco, prejudicadas por uma greve que já dura seis semanas. O presidente da companhia, Roger Agnelli, porém, ressalta que essa opção só será usada em último caso. Por enquanto, a mineradora vem treinando trabalhadores que não aderiram à greve para assumir o controle das operações nas minas paralisadas e, com isso, evitar a descontinuidade da produção. "A gente tem treinado alguns possíveis ?professores? para agir no momento adequado, evitando que a empresa sofra descontinuidade nas suas operações." A Vale Inco tem 1,2 mil empregados não sindicalizados trabalhando em reparos e manutenção das unidades em greve, movimento que conta com a adesão de 3,1 mil funcionários. Na segunda-feira, Wayne Fraser, um dos líderes do United Steel Workers, disse que o sindicato fará o possível para impedir que a Vale utilize empregados não sindicalizados. A greve começou no dia 13 de julho, com a paralisação das atividades de mineração em Sudbury, Ontário. Duas semanas depois, foi a vez dos trabalhadores do complexo Voisey Bay aderirem ao movimento. A terceira unidade de níquel da Vale Inco no Canadá, em Thompson, Manitoba, está em manutenção pré-agendada e retomará suas operações em setembro. Os trabalhadores da Vale Inco entraram em greve depois que a Vale apresentou proposta de mudança nas regras dos planos de aposentadoria e de distribuição de bônus relativo ao resultado. A Vale quer mudar o formato do plano de aposentadoria de "benefício definido" para o sistema de contribuição definida, e pretende estipular um teto para os bônus.

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