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Vale também descarta possibilidade de ser comprada

Por Monica Ciarelli (Broadcast)
Atualização:

Questionado por um jornalista francês, o presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, foi categórico ao descartar a possibilidade da mineradora sofrer um a oferta de compra (take over). "Não temos risco de ser comprados", afirmou ao demonstrar surpresa com a pergunta. Segundo Agnelli, os acionistas controladores da empresa - Previ e Bradespar - não têm a "intenção de se desfazer do ativo", que apresenta um elevado nível de rentabilidade que acaba por desencorajar qualquer plano de desinvestimento na mineradora. O executivo fez questão de ressaltar que os controladores da Vale têm uma visão de longo prazo, o que acaba por dificultar muito qualquer "take over". E concluiu afirmando que a Companhia Vale do Rio Doce não está em uma posição de ser consolidada, mas, de consolidar. "Estamos sempre olhando possíveis aquisições", disse. Minério de ferro Sem falar sobre o rumo das negociações de preço para o reajuste do minério de ferro em 2008, o presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, traçou hoje um cenário de forte aumento da demanda para os próximos anos. Segundo ele, o ritmo de crescimento, puxado pela China, surpreendeu até os mais otimistas no setor. Em 2001, os dirigentes da siderúrgica chinesa Baosteel acreditavam que a Vale teria que dobrar sua produção, então em cerca de 120 milhões de toneladas, para atender à demanda da região, que iria ampliar os investimentos em infra-estrutura até 2007/2008 por conta das Olimpíadas. Hoje, a Vale produz a um ritmo de 300 milhões de toneladas e ainda existe escassez de demanda por minério. Agnelli lembrou que apesar dos pesados investimentos em expansão feitos pelas mineradoras nos últimos anos, elas não estão conseguindo acompanhar o crescimento da China. E a expectativa é de que a Índia possa adicionar uma pressão ainda maior a esse mercado de matéria prima escassa. Em entrevista a jornalistas na Bolsa de Paris, o diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, afirmou que nos anos 70 o consumo de aço per capita nos Estados Unidos era de 600 a 650 quilos. Hoje, na China, esse consumo está em 350 a 400 quilos. "Se imaginarmos que eles podem atingir esse patamar, ainda há muito espaço para crescer", disse. S

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