PUBLICIDADE

Publicidade

Vale vai investir R$ 11 bi em processamento a seco de minério

Método responde por 60% dos processamentos da mineradora, que quer ampliar fatia para 70% até 2023

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

RIO - Após duas grandes tragédias motivadas por rompimentos de barragens em suas operações, a Vale anunciou investimentos de R$ 11 bilhões nos próximos cinco anos em processamento a seco do minério de ferro para que o método suba dos 60% atuais para 70% das suas operações até 2023.

Segundo comunicado enviado pela companhia na manhã desta segunda-feira, 13, nos últimos dez anos já foram investidos R$ 66 bilhões para implantar esse processo nas suas unidades. A mineradora explica que o processamento a seco do mineiro está vinculado à qualidade do minério de ferro a ser produzido e por esse motivo as operações que mais utilizam o processo a seco estão localizadas no Pará.

A mineradora diz que apoiará o projeto através da emissão de garantias que viabilizem o financiamento a ser contratado pela Concremat/CCCC Foto: Adriano Machado/Reuters - 29/1/2019

PUBLICIDADE

"Em Carajás, como o teor de ferro já é elevado (acima de 64% de ferro), o material somente é britado e peneirado, para ser classificado por tamanho (granulometria). Já em Minas Gerais, o teor médio é de 40% de ferro, contido em rochas conhecidas como itabiritos", informou a Vale em nota.

No Pará, no chamado Sistema Norte, cerca de 80% das quase 200 milhões de toneladas produzidas em 2018 foram processadas a seco. Em Minas Gerais, o processamento a seco foi ampliado de 20%, em 2016, para 32%, em 2018.

Em 2016, o rompimento de uma barragem da Samarco, então joint venture da Vale com BHP, causou o maior acidente ambiental do País e matou 19 pessoas em Mariana (MG).

Em janeiro deste ano, uma nova tragédia, com o rompimento da barragem da mina da Vale de Córrego do Feijão, em Brumadinho, também em Minas, deixou 238 mortos - 32 corpos ainda não foram localizados.

Eventos relacionados à tragédia de Brumadinho afetaram o resultado da mineradora no primeiro trimestre, levando a um prejuízo líquido de R$ 6,4 bilhões no período, revertendo o lucro de R$ 5,1 bilhões na comparação anual. No trimestre imediatamente anterior, a empresa havia reportado lucro de R$ 14,5 bilhões.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.