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Valor da folha de pagamento na indústria subiu, diz IBGE

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria subiu 1,6% no mês de setembro em relação a agosto, pelo indicador ajustado sazonalmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a taxa acumulada é de 2,5%, e, em 12 meses, de 3,8%. Em comparação a setembro de 2012, a folha de pagamento na indústria avançou 2,5%. Foram registradas altas em 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para Rio Grande do Sul, com avanço de 5,9% no período. São Paulo registrou a maior contribuição positiva, com avanço de 2,0%. Ainda na comparação contra igual mês do ano passado, o IBGE destacou que o valor da folha de pagamento real da indústria subiu em 13 dos 18 setores investigados, com destaque para alimentos e bebidas (+4,0%). O principal impacto negativo foi observado na indústria de meios de transporte (-1,4%). RetraçãoA retração no número de horas pagas, de 0,6% em setembro ante agosto, não retrata um cenário muito favorável para o mercado de trabalho na indústria, uma vez que é nesta variável que se verifica o ajuste mais intenso da indústria em momentos de baixa atividade, afirmou o coordenador de Indústria do IBGE, André Macedo.O indicador também apresenta uma sequência de cinco quedas nesse tipo de comparação. "O setor industrial não caminha muito bem", observou. Tanto no ano quanto em 12 meses, o número de horas pagas acumula quedas de 1,0%. "Há mudança de patamar para o emprego dentro da indústria. Algo que mostrava certa estabilidade agora tem claro viés de queda", disse Macedo.A folha de pagamento real, contudo, reverteu a queda registrada em agosto para alta de 1,6% em setembro. Segundo Macedo, esse resultado se deve a determinado ganho real na recomposição de salários, além de pagamento de participações nos lucros.Queda no anoEm 2012, o emprego industrial acumulou queda de 1,4%, a primeira desde 2009 (recuo de 5,0%). Com um resultado negativo de 0,9% no acumulado de janeiro a setembro deste ano (em relação a igual período do ano passado), 2013 caminha para o mesmo rumo. "Já temos nove meses de informação. O emprego teria de recuperar essa queda de 0,9% em três meses", disse. "Se o ano terminasse agora, seria o segundo ano de queda para o emprego na indústria", acrescentou.

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