Fundado há 30 anos como uma corretora de câmbio comum, o Bexs se transformou em banco focado em operações de câmbio, em 2010. À frente da instituição está Luiz Henrique Didier Júnior, que depois de passar por grandes empresas do ramo financeiro – como Itaú, Credicard e Cielo –, voltou ao negócio fundado pelo pai para dar um “banho digital” na empresa.
O executivo diz que, no caso da facilitação de operações de câmbio, os 30 anos de experiência são uma vantagem frente a startups: “Só é possível tentar digitalizar as operações de câmbio se você tem longa experiência no mercado.”
O objetivo do Bexs é “digitalizar” operações de câmbio para pessoas físicas e empresas. A legislação colabora nesse sentido?
Não houve muita evolução da regulação. O que a gente consegue fazer é digitalizar as operações e ganhar escala, reduzindo bastante o preço final, graças à digitalização do processo. Mas sempre seguindo a regulação existente e pagando os custos que são obrigatórios.
Qual é o principal negócio do Bexs?
Ainda são os brasileiros pessoa física que fazem compras online ou investimentos fora do Brasil. É assim porque a regulação é mais simples para a pessoa física. Mas agora entraremos com força nessa digitalização para empresas.
E precisa ter conta no Bexs para ter acesso ao serviço?
Não. A gente é o motor de pagamento de grandes empresas internacionais, seja no mundo do e-commerce, seja no de investimento. O brasileiro pode investir su dinheiro lá fora, embora muita gente pense que isso é ilegal. O banco tradicional não vai incentivar isso, vai dizer que é difícil e caro.
O que exatamente o Bexs faz?
Por meio de parcerias, transformamos o câmbio em uma experiência super fluida. Apresentamos o custo total em reais. O meu cliente é o vendedor (de produtos ou serviços). Eu sou o meio do caminho. O cliente final nem vai saber o meu nome.
O Bexs deve focar em ajudar médias empresas a exportar?
Hoje o Brasil tem 68 mil empresas que se interessam pelo comércio exterior, mas não vendem lá fora porque o processo é burocrático e caro. As grandes companhias conseguem resolver esse problema, mas as menores ficam perdidas. Nossa ideia é fazer o processo digital ser tão simples que o próprio cliente possa fazer o procedimento todo.