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'Vamos em frente e agora com mais entusiasmo', diz Temer sobre aprovação da reforma

Na avaliação do Palácio do Planalto, a aprovação da reforma trabalhista indicou que a base de sustentação do governo no Congresso - até agora muito dividida e exibindo traições - começa a se reagrupar

Foto do author Vera Rosa
Por Tania Monteiro e Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA -  O governo ficou animado com a aprovação da reforma trabalhista na noite desta quarta-feira, 26, embora o placar mostre 12 votos a menos do que os 308 necessários para que as mudanças na Previdência passem pela Câmara. "Vamos em frente e agora com mais entusiasmo", disse o presidente Michel Temer, logo que a reforma trabalhista recebeu sinal verde. Temer assistiu aos trechos finais da sessão na Câmara em seu gabinete, no Palácio do Planalto. Estava acompanhado dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), além do porta-voz Alexandre Parola e do secretário de Comunicação, Márcio de Freitas.

Presidente comemorou aprovação da reforma trabalhista Foto: DIDA SAMPAIO / ESTADAO

"Consideramos o resultado de 296 votos muito bom, porque só faltam 12 para alcançar os 308. A disposição foi revigorada", afirmou Moreira Franco. "Foi um jogo de semifinal e agora vamos nos preparar para a final, que é a reforma da Previdência. Não precisávamos dos 308 votos hoje. Precisávamos de maioria simples e chegamos quase no quórum qualificado", completou o deputado federal Rodrigo da Rocha Loures (PMDB-PR), que até recentemente era assessor especial de Temer. Depois da votação, ministros e líderes de partidos aliados telefonaram para o presidente, comemorando o resultado. Um deles foi o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Temer também conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na avaliação do Palácio do Planalto, a aprovação da reforma trabalhista indicou que a base de sustentação do governo no Congresso - até agora muito dividida e exibindo traições - começa a se reagrupar. Até mesmo a bancada do PSB, que havia fechado questão contra as reformas de Temer, não seguiu completamente a orientação partidária. Quatorze deputados do PSB aprovaram a reforma trabalhista e 16 ficaram contra. "No dia da votação da Previdência, teremos todos os votos necessários", afirmou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).