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Vans escolares marcam paralisação nesta segunda-feira

Motoristas decidiram fazer um protesto na avenida Paulista pela manhã contra a alta dos preços dos combustíveis

Por Isabela Palhares
Atualização:

SÃO PAULO - Os motoristas de vans escolares de São Paulo marcaram uma paralisação para esta segunda-feira, 28, e vão fazer um ato na avenida Paulista no início da manhã. Eles também reivindicam a redução do preço dos combustíveis

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Segundo o condutor Edmilson Andrade, um dos organizadores do ato, a previsão é de que cerca de mil carros compareçam ao protesto. "Avisamos as famílias das crianças que não temos condição de trabalhar porque não temos combustível para circular o dia todo. Mas não vamos cruzar os braços, quem tiver combustível suficiente vai para o protesto e vai levar outros motoristas", diz.

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Contra o aumento do preço do diesel, greve dos caminhoneiros afeta abastecimento do País Foto: Felipe Rau/ Estadão

Ele afirma que cerca de 200 mil crianças devem ficar sem o transporte escolar nesta segunda. 

"A reivindicação dos caminhoneiros é a nossa também. Não temos mais como sustentar esse preço. Eu tenho três carros para o transporte escolar, há um ano eu gastava R$ 1,5 mil a cada quinze dias só com combustível. Hoje, eu gasto o dobro", diz.

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Ele ainda explica que, como os contratos são feitos com validade de um ano, o aumento do preço do produto não é repassado imediatamente para as famílias. "Se o preço vai subindo, somos nós que ficamos com o prejuízo. Só posso mudar o valor do contrato no ano que vem. Não tem como sustentar dessa forma, estamos pagando para trabalhar". 

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O protesto desta segunda não foi organizado pelo sindicato da categoria. Segundo Andrade, os manifestantes são condutores autônomos e se organizaram pelas redes sociais. 

Paralisação. Na sexta-feira, 25, motoristas e monitores de vans escolares que atuam na Grande São Paulo aderiram à paralisação dos caminhoneiros. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Escolar de São Paulo (Sintteasp), 90% das 6 mil vans paralisaram as atividades, em adesão ao movimento ou pela falta de combustível. Como consequência, quase 100 mil alunos ficaram sem transporte escolar na região.

Os condutores saíram em carreata de diversos pontos do município, mas a maior concentração foi nas marginais do Tietê e do Pinheiros. A categoria parou também em outras regiões do estado. O presidente da Sintteasp, Alexandre Almeida, disse que 20 mil veículos ficaram sem circular na sexta-feira, o que representa 80% do total da frota. Os condutores de vans escolares de outras cidades também aderiram à greve, como em Recife e João Pessoa. 

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