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Varejo dá início à liquidação de TVs

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Por Márcia De Chiara
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No dia seguinte à derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, o comércio varejista amanheceu com inúmeras promoções para impulsionar as vendas de TVs, tanto nas lojas como no comércio eletrônico. A intenção é se livrar dos estoques extras que as varejistas tinham providenciado para premiar clientes, caso o Brasil fosse campeão.A Casas Bahia, por exemplo, prometia vender uma segunda TV de 50 polegadas por apenas R$ 1 para o cliente que tivesse comprado um televisor Samsung de 60 polegadas, se o País ganhasse o mundial. Procurada, a empresa não revela o volume de vendas de TVs e qual seria a sobra de estoques por causa da desclassificação do Brasil. O produto já deve estar no depósito da empresa. Nesta quarta-feira, 09, as campanhas de TV da varejista anunciavam o parcelamento em dez vezes sem juros para uma lista de produtos anunciados no dia. A rede varejista informou que a promoção não se deve à desclassificação e que se trata de uma rotina da companhia.No Carrefour, as campanhas para vender televisores eram muito agressivas ontem. Para alguns modelos, o parcelamento sem acréscimo chegava a 15 vezes. Procurada, a rede informou que não comenta estratégia nem nível de estoques.O Magazine Luiza informa que não há liquidação por causa da saída antecipada do Brasil da disputa pela taça. As promoções que estão sendo feitas atualmente não tem, segundo a empresa, relação com o evento.DescompassoApesar de as redes varejistas não revelarem o nível de estoques de TVs, alguns indicadores da indústria e do comércio mostram que houve descompasso entre produção e as vendas. Dados da Suframa mostram que, entre janeiro e abril, foram produzidos 5,6 milhões de televisores de LED. Essa quantidade é 65,1% maior em relação a fabricada no mesmo período do ano passado. De acordo com a indústria, as vendas para o consumidor aumentaram entre 30% e 40% nos últimos meses na comparação anual. Estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que o volume de estoques de itens de uso pessoal e doméstico, que inclui TVs, superou o ritmo de vendas em maio. O volume de vendas desse item cresceu 16,9% em maio na comparação anual, enquanto os estoques aumentaram 22%. "O varejo começou a liquidar as TVs antes da desclassificação e isso deve se intensificar", diz o economista da CNC, Fabio Bentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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