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Varejo em SP registra segunda maior inflação do ano em junho

Por Agencia Estado
Atualização:

Os preços no varejo voltaram a subir em junho, como mostra o Índice de Preços no Varejo (IPV), calculado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). O indicador registrou alta de 1,55% no mês passado, o segundo maior resultado do ano, atrás apenas de janeiro, quando o IPV atingiu 1,67%. O grupo que apresentou maior elevação de preços no período foi Semiduráveis (Vestuário, Tecidos e Calçados), com 2,78% de aumento. Em maio, o segmento também foi o responsável pela maior pressão entre os grupos pesquisados pelo IPV, com avanço de 2,90%. Para os economistas da Fecomercio, as altas de preços de Vestuário e Calçados, além dos Alimentos, cuja elevação foi de 1,88%, foram as que mais contribuíram para o resultado do IPV de junho. Entre as elevações de preços pontuais, o destaques foram cebola (29,73%), tomate (22,20%), hortaliças e verduras (15,24%), tênis de adulto (11,13%) e agasalho infantil (9,11%). De acordo com a Fecomercio, o peso dos alimentos no índice é de 30%, enquanto o grupo de Semiduráveis contribui com 27% na composição do IPV. No caso dos Semiduráveis, os economistas da Federação atribuem a alta dos preços ao inverno e ao "custo elevado" em manter estoques. "Depois de prejuízos com baixas vendas em invernos anteriores, os empresários do comércio não estavam preparados para um longo e forte frio, que ocorreu paralelamente a uma recuperação do varejo", afirmaram os analistas por meio de nota à imprensa. Eles acrescentaram ainda que é possível antecipar que a inflação no grupo de Semiduráveis repita este comportamento em julho porque eles contam com a previsão de que haverá mais frio até a primavera. O frio também contribuiu para a elevação do preço dos alimentos, gerando os problemas sazonais de abastecimento, sobretudo dos produtos in natura, leite e derivados. Única queda O único grupo que apresentou queda de preços no IPV foi o de Duráveis, com retração de 0,30%. O grupo é também o que aponta a menor variação percentual acumulada este ano, de 2,80%. Já os grupos de Comércio Automotivo e Materiais de Construção, que apresentam as maiores altas no acumulado deste ano, registraram menores pressões inflacionárias no mês passado. O varejo de veículos teve acréscimo de 1,42% nos preços, com destaque maior para o incremento no setor de autopeças (3,67%). Os materiais de construção, por sua vez, apresentaram aumento de 0,89%, a menor variação desde outubro de 2003.

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