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Varejo espera sinais de virada da economia em maio

Por Agencia Estado
Atualização:

O varejo está à espera do fechamento de maio para tirar a prova dos nove da economia este ano. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), José Humberto de Araújo Neto, o desempenho deste mês deve se equiparar a maio do ano passado, o que pode ser o indício de comportamento de virada. Isso se os problemas que afligem o consumo atualmente não se aprofundarem - desemprego, juros altos e perda de poder aquisitivo. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) também já apontaram o mês de maio como o marco para medir o fôlego da economia este ano. Se, daqui para a frente as vendas forem iguais nas comparações mensais entre 2002 e 2001, é um sinal de que os problemas macroeconômicos estão afetando mais o consumidor do que se imaginava. No ano passado, as vendas de maio em diante ficaram deprimidas com o apagão e com os efeitos do atentado do 11 de setembro. Este ano, teoricamente, não haveria fatores que atrapalhassem as vendas. Abril O faturamento dos supermercados em todo o País no primeiro quadrimestre de 2002 ficou 2,07% abaixo do resultado de igual período do ano passado. "As vendas de maio, junho e julho vão mostrar efeito Copa e também a eleição", diz o presidente da Abras, José Araújo Neto. A análise das vendas no mês de abril ficaram prejudicadas porque a Páscoa, que geralmente cai nesse mês, este ano foi comemorada em março, quando os supermercados sentiram a grande saída dos derivados de chocolates. Enquanto as vendas de março subiram 17,44% em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas de abril caíram 9,17% em relação ao mesmo mês de 2001. Mesmo com a expectativa de melhoria daqui para frente, a Abras é comedida em suas projeções. Espera um crescimento real de 2,5% das receitas este ano. A Apas, de São Paulo, trabalha com uma alta de 2% a 3%. Para Araújo Neto, da Abras, os supermercados podem se beneficiar ainda do aumento do salário mínimo, de R$ 180 para R$ 200 em abril, que pode gerar efeitos no consumo a partir de junho.

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