29 de junho de 2011 | 00h00
A grama esmeralda é cultivada em 80% da área. Na semana passada, o metro quadrado valia entre R$ 1,80 e R$ 2,00 para o produtor. "O preço é o mesmo há vários anos e está defasado", queixava-se José Milton.
Mecanização. Inscrita no Renasem, a empresa só tem empregados registrados e eles trabalham com equipamentos de proteção. A colheita é mecanizada. Xavier adotou o sistema de corte em placas de 40 por 62,5 centímetros. As máquinas cortam as placas com a quantidade certa de terra para que as plantas peguem, mas também para que o enraizamento não fique comprometido, possibilitando a nova brota.
O principal segredo da grama saudável é a limpeza das pragas, cujas sementes são carreadas pelo vento ou trazidas pelos pássaros. As infestações mais graves são corrigidas com o uso de defensivos, mas o pente-fino é manual. Equipes percorrem os gramados retirando plantas invasoras com a raiz. Depois do corte, ocorre a rebrota no mesmo período, mas o solo precisa ser escarificado com máquina, corrigido e adubado.
Em Itapetininga, o produtor Lázaro Rocha mantém uma área cultivada de 500 hectares. Ele conta que começou a produção em 1990 em apenas 5 hectares. Em 2004, a produção se expandiu para Matozinhos (MG), e dois anos depois, para a região do Vale do Paraíba.
Além do corte da grama em placas e rolinhos, a empresa de Rocha desenvolveu um rolo especial de 0,50 por 1,25 metro, patenteado com o nome double roll, para gramados mais extensos. Segundo ele, a medida reduz em até 70% as emendas em relação ao tapete. O produtor criou também o grand roll, com 0,75 por 60 metros para gramados extensos, inclusive campos de futebol. É possível assentar até 5 mil metros quadrados de grama por dia.
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