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Varig cancela 32 vôos no País; Infraero não confirma dados

As suspensões haviam sido registradas até as 9h30 desta terça-feira. Apenas no Aeroporto de Congonhas 16 trajetos foram cancelados

Por Agencia Estado
Atualização:

Até às 9h30 desta terça-feira, a Varig já havia cancelado 32 vôos em todo o território nacional. Tanto a companhia aérea quanto a Infraero não confirmaram os cancelamentos, mas o transtorno dos passageiros pode ser comprovado nos aeroportos, principalmente no de Cumbica, em São Paulo. Exemplo disso é o empresário Jefferson Rosa, do Rio Grande do Sul, que embarcou na tarde de ontem em Porto Alegre com destino ao Piauí, e teve de parar em São Paulo, onde pernoitou, para seguir viagem nesta manhã. Contudo, isso não aconteceu. Ele contou à Rádio Eldorado que teve de desistir dos negócios marcados para hoje e decidiu retornar ao Sul. "Devo viajar novamente na próxima semana, mas não pela Varig", disse. A Infraero explicou que não pode se pronunciar sobre o cancelamento de vôos porque não dispõe de atualização em tempo real da situação dos trajetos. A Infraero disse que os cancelamentos podem ter acontecido por condições técnicas e meteorológicas, e que, uma vez resolvidos esses problemas, os vôos podem ser retomados. No Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo, onde haviam sido cancelados 16 vôos até às 9h30, não havia problemas com as condições de tempo. Procurada pela reportagem, a Varig preferiu não se pronunciar. Já pelo levantamento mais atualizado da Infraero, até às 10h48, haviam sido suspensos 21 vôos da Varig: três no aeroporto Tancredo Neves, em Belo Horizonte; quatro em Curitiba; três em Foz do Iguaçu; três no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro; e oito no aeroporto Internacional de Congonhas. A atualização desses dados é feita constantemente. A alegação para os cancelamentos, extraoficialmente, é a falta de combustível e outros entraves burocráticos. Expectativa Pela manhã, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse à Agência Estado, no Rio de Janeiro, que a grande expectativa da empresa é saber se o consórcio formado pelo TGV e investidores terá condições de cumprir a determinação judicial de pagamento, em 72 horas, de US$ 75 milhões, para efetivar a compra da companhia aérea. Do contrário, a Infraero teme que possa haver um colapso na empresa. O brigadeiro informou que a Infraero está tomando precauções para o caso de possíveis tumultos nos aeroportos, na tentativa de buscar o melhor atendimento aos passageiros. Outra preocupação da Infraero é com relação aos aviões da Varig, no caso de a empresa aérea deixar de voar. O medo se baseia na possibilidade de ocorrer o mesmo que aconteceu com os aviões da Vasp e da Transbrasil, que ficaram parados em aeroportos de grande porte, atrapalhando o tráfego. Taxa de embarque Nesta terça, o brigadeiro participa de uma reunião com o Conselho Administrativo, no Ministério da Defesa. O objetivo é discutir, entre outros assuntos, a exigência de pagamento à vista da taxa de embarque que a Varig está cobrando dos passageiros, mas não está repassando à Infraero, caracterizando apropriação indébita. Segundo ele, a Polícia Federal do Rio de Janeiro já recebeu orientação do Ministério Público para trabalhar na denúncia de apropriação indébita da taxa. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também participa, no Ministério da Defesa, de reunião com presidentes das companhias aéreas para discutir um plano de contingência. Este textoi foi atualizado às 11h38.

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