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Varig: começa a via crucis dos torcedores brasileiros na Copa

Dezenas de pessoas se amontoavam no check-in da companhia, tentando descobrir se iam conseguir embarcar, e havia apenas cinco funcionários para atender

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje, centenas de passageiros da Varig enfrentaram o caos no aeroporto de Frankfurt, tentando voltar para casa. Dezenas de pessoas se amontoavam no check-in da companhia, tentando descobrir se iam conseguir embarcar, e havia apenas cinco funcionários para atender. Os vôos da Varig de Milão, Paris, Munique e Londres foram cancelados e todos os passageiros foram redirecionados para Frankfurt - o problema é que a empresa só tinha dois vôos saindo para o Brasil, já lotados. A lista de espera chegou a 100 passageiros e funcionários estimavam que muitos ficariam em terra. "Normalmente, passaríamos muitos passageiros para outras companhias, mas os vôos das outras empresas também estão lotados", explicou uma funcionária da Varig. O vôo para São Paulo estava atrasado em quase três horas. "A situação está péssima, não adianta ficar nervoso", dizia uma funcionária da Varig para alguns passageiros, irritados com a confusão. "Nosso vôo de Munique foi cancelado, tivemos que alugar um carro e vir para Frankfurt, mas estamos na lista de espera, sem muita esperança", conta o empresário Márcio Manati, que veio assistir aos jogos do Brasil na Copa. "Já comprei uma outra passagem, da TAP, para voar amanhã, e vamos ter que pagar hotel do nosso bolso. Não vou pagar a passagem da Varig que comprei com cartão de crédito - afinal, a empresa rompeu contrato, eu comprei uma passagem e ela não entregou o serviço." Os amigos Luís e Marcos, que não quiseram dar seus sobrenomes, tinham um vôo da Varig de Milão para o Brasil. O vôo foi cancelado e eles foram orientados a pegar um avião em Frankfurt. "Mas tivemos que vir de trem, por nossa conta, de Milão até Frankfurt - nove horas de viagem", contou Luís. O casal Paulo e Alessandra Merson também tentava se encaixar em algum avião, depois que a Varig cancelou o vôo de Munique. "Meus dois filhos, de 1 e 4 anos, estão com a minha sogra, me esperando no Brasil; preciso voltar", dizia Alessandra. O casal estava na lista de espera e tentava transferência para vôos de outras companhias. Alguns relaxaram. O grupo Camisa 10 - formado por 52 funcionários de uma empresa de autopeças que ganharam a viagem à Copa em uma campanha de incentivos - aproveitou a espera para fazer um sambinha. "Não temos plano B - se não conseguirmos embarcar, vamos ter que voltar de ônibus até o Brasil", brincava Armando Sentin, diretor de vendas da distribuidora de autopeças, tocando tamborim. Celebridades Até as celebridades tiveram que enfrentar o caos. Luíza Brunet, Juliana Paes e Fernanda Paes Leme ficaram hospedadas na Embaixada da revista Caras, em uma cidade perto de Colônia, e tentavam embarcar de volta para o Rio de Janeiro. "Nossa, ainda bem que conseguimos fazer check-in, está uma confusão", disse Luíza Brunet. Segundo funcionários da empresa, a Varig ia pagar jantar e hospedagem para todos os passageiros que não conseguissem embarcar.

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