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Varig continuará negociando com credores

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Varig, Manuel Guedes, informou que as negociações da empresa com os credores continuarão, independente da assinatura do protocolo para a formação de uma nova empresa com a TAM. Ele não soube informar, no entanto, se o protocolo facilitará as negociações com os credores. Segundo Guedes o protocolo poderá resultar a criação de uma nova empresa ou de uma holding. "O protocolo é o início de um namoro que deve demorar algum tempo para chegar ao casamento", sintetizou. "Iniciamos um processo e o resultado será uma operação melhor para as duas empresas", disse. Marcas O presidente da TAM, Daniel Mandelli, disse que em relação a manutenção das marcas depois da criação da nova empresa dependerá de uma avaliação comercial. Segundo ele as marcas poderão ser mantidas, ou será criada uma nova marca para a futura empresa. No entanto, tanto Mandelli quanto Guedes evitaram detalhar essa questão. Mandelli disse que o objetivo da parceria entre as duas empresas é conseguir operar com custos menores e tarifas melhores. Operações independentes O presidente da TAM disse que a sua empresa e a Varig continuarão operando independentemente até o último dia em que seja concluído o entendimento para a formação de uma nova empresa aérea. Ele observou que o prazo de seis meses dado para a conclusão do acordo é um cronograma tentativo e não descartou a possibilidade de os entendimentos serem concluídos antes desse prazo. O presidente da Varig, Manuel Guedes, disse que o protocolo de entendimentos visa a criação de uma nova empresa que melhore o desempenho do setor como um todo. Ele acrescentou que não há definição sobre demissão de funcionários após a implantação do acordo. Disse que se as dispensas forem necessárias, as duas empresas trabalharão "com a maior responsabilidade" pois considera o corpo funcional o principal ativo das empresas. Cronograma de seis meses O presidente da TAM disse que o protocolo prevê um cronograma de trabalho de seis meses. Segundo ele, estão previstas etapas que terão de ser seguidas pelas duas companhias. Ele explicou que as empresas, por serem de capital aberto, terão de fazer uma avaliação interna. Posteriormente, TAM e Fundação Rubem Berta irão elaborar um plano de negócios que congregaria as duas empresas. "Este é um caminho a percorrer. O protocolo que assinamos é a intenção de buscar esta solução: uma nova empresa capaz de atrair novos investidores com gestão corporativa", disse. Ao ser questinado se haveria possibilidade de novas empresas aéreas participarem deste acordo, Mandelli respondeu que quando se fala em atração de novos investidores, esta é uma questão muito aberta e muito ampla que pode significar a entrada de investidores nacionais, estrangeiros e até mesmo oficiais.

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