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Varig criará nova empresa sem dívida fiscal

Ao todo, a Varig prevê renegociar dívidas no montante de R$ 7,7 bilhões, seguindo estratégia definida através de uma consultoria da Fundação Getúlio Vargas.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Varig divulgou hoje, por meio de nota à imprensa, as linhas básicas do plano de recuperação da maior empresa aérea brasileira. Segundo a nota, o plano prevê "a maior transformação de sua história para se tornar mais rentável, competitiva e atraente para investidores". Entre os pontos mais relevantes está a decisão de se criar uma "nova Varig", que ficaria livre dos contenciosos fiscais da companhia. A "velha Varig" ficaria responsável pela negociação dos contenciosos fiscais da companhia, podendo vir a se juntar à nova empresa no futuro. O plano apresentado hoje à Justiça, dentro do que prevê a nova Lei de Recuperação e Empresas, prevê também que a Fundação Ruben Berta reduzirá a sua participação, tornando-se acionista minoritária. Os atuais credores, por sua vez, "poderão se tornar acionistas da nova empresa", ainda segundo a nota. Ao todo, a Varig prevê renegociar dívidas no montante de R$ 7,7 bilhões, segundo a nota, seguindo estratégia definida através de uma consultoria da Fundação Getúlio Vargas. Outros grupos que participaram da modelagem do plano é o UBS Investment Bank (área financeira) e a Lufthansa Consulting (reestruturação operacional). Aspecto operacional Em termos operacionais, a empresa mudará a sua principal base operacional para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com o Galeão passando a ocupar a segunda opção. A empresa garante ainda que manterá as suas 78 aeronaves ativas e vai reduzir as rotas não rentáveis, integrando as operações da própria Varig, Rio Sul e Nordeste. "Durante o período de transição" as três empresas manterão a sua própria estrutura, mas "após a renegociação ou liquidação das dívidas, as empresas deverão ser integradas em uma única companhia", afirma o documento. A empresa está em negociação com outras companhias visando à implantação de serviços de "code-sharing". A empresa fará novas "readequações" no número de funcionários e prevê demissão de 13% do seu quadro até o final de 2006.

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