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Varig garante manutenção do programa de milhagem Smiles

"O Smiles será válido nos dois modelos de venda da companhia. É importante manter esse o programa de fidelidade", explicou o presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini

Por Agencia Estado
Atualização:

A manutenção do Smiles, o programa de milhas da Varig, ficou garantido no plano de venda da Varig aprovado hoje. "O Smiles será válido nos dois modelos de venda da companhia. É importante manter esse o programa de fidelidade", explicou o presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini. No modelo de venda aprovado hoje, o investidor poderá escolher se pretende comprar a Varig operacional, que engloba os ativos totais da empresa (rotas nacionais e internacionais), ou apenas a parte doméstica. Ou seja, foi aprovada a unificação dos dois planos distintos, o elaborado pela consultoria Alvarez & Marsal e o do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV). No plano da Alvarez & Marsal, responsável pela implementação da recuperação judicial da Varig, a idéia é dividir a companhia em duas, uma voltada para o mercado doméstico, com ativos, avaliada em US$ 700 milhões e que seria vendida em leilão judicial. Uma segunda empresa seria dedicada à operação internacional e herdaria dívidas, algo em torno de R$ 9 bilhões. O plano da TGV, por sua vez, prevê a cisão das áreas operacional e comercial da Varig. A primeira ficaria livre de débitos, com valor de US$ 860 milhões, e a segunda herdaria o passivo e o acerto de contas entre as dívidas públicas da companhia e o que o governo deve à empresa por causa do congelamento de tarifas entre os anos 80 e 90, basicamente a mesma quantia, em torno de R$ 4,5 bilhões. Tanto na proposta do TGV quanto na da Alvarez & Marsal está previsto um financiamento de US$ 100 milhões que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende desembolsar para o investidor interessado em comprar parte da Varig. Interesse já aparece O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, informou que o mercado já demonstrou interesse pelos dois modelos de venda. "Cerca de 10 empresas já nos procuraram nos últimos dias", afirmou ele. De acordo com o diretor, o BNDES será o responsável por negociar com as empresas e fazer a liberação do empréstimo ponte. "O apoio do governo é importante através do BNDES", concluiu. Em 30 dias, o data-room da Varig estará pronto e o leilão será marcado para daqui a 60 dias. Demissões descartadas Gomes também disse que a possibilidade de demissões em massa na Varig até o leilão de venda da companhia aérea foi descartada. "Agora, o que se fará é um estudo profundo para se preparar para as duas hipóteses de venda da companhia (a que engloba todos os ativos operacionais e a que oferece apenas a parte doméstica)", explicou ele. Segundo o executivo, não haverá necessidade de demissões se o investidor optar por adquirir a Varig Operacional - com todos os ativos. Já se a opção for para a parte doméstica, Gomes admite que haverá dispensas. Entretanto, não informa de quanto será o corte de funcionários.

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