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Varig negocia trégua com credores até o leilão

A BR Distribuidora continuará proibida de cobrar à vista da Varig R$ 2,2 milhões pelo fornecimento diário de combustível para os aviões pelo menos até esta quarta-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

Isso porque terminou sem consenso a reunião entre as duas empresas que definiria qual o prazo que a companhia aérea terá para pagar a subsidiária da Petrobrás. A suspensão da cobrança, definida por meio de liminar obtida na quinta-feira passada, estava condicionada à audiência que foi realizada terça-feira na 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, e que deverá ser concluída hoje. O sócio-diretor da consultoria Alvarez & Marsal, a reestruturadora da Varig, Marcelo Gomes, reivindica a suspensão do pagamento até a realização do leilão judicial da companhia, previsto para o início de julho, ou o equivalente a R$ 132 milhões. Desde quinta-feira, quando a Justiça suspendeu a cobrança diária, a Varig deixou de pagar R$ 13,2 milhões, sendo que já tem uma dívida de R$ 57 milhões que consta dos autos da recuperação judicial. "O prazo que a gente precisa é o factível para a Varig continuar viva até o leilão. São prazos similares aos de todos outros fornecedores que nos estão apoiando para que a Varig consiga chegar até o leilão", disse Gomes. Segundo ele, várias empresas já procuraram o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obter informações sobre o financiamento do banco de até US$ 166,6 milhões, de um empréstimo-ponte total de US$ 250 milhões, para a companhia recompor seu fluxo de caixa. Essa foi a resposta de Gomes quando questionado sobre a situação da Varig diante da declaração do presidente do BNDES, Demian Fiocca, de que não havia investidor interessado em usar o empréstimo-ponte para compor uma proposta para o leilão de venda da companhia, mas só consultas informais. Anteontem, Gomes havia dito que 8 empresas manifestaram interesse pelo empréstimo oficial, sendo cinco companhias aéreas nacionais e três fundos de investimento. "O BNDES colocou termos para esse empréstimo bastante rígidos, vamos dizer assim. A carta fiança, a Selic. Temos hoje também o Banco do Brasil fornecendo com prazos e termos mais flexíveis. O tomador desse empréstimo tem mais de uma fonte hoje", afirmou Gomes. Em reunião realizada na segunda-feira para esclarecer dúvidas de investidores, o executivo disse que 14 investidores estiveram presentes. Entre os interessados estavam TAM, Gol, BRA, Oceanair e Webjet.

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