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Varig volta para a Argentina

Governo deu autorização depois de acordo com sindicato

Por Ariel Palacios
Atualização:

O governo do presidente Néstor Kirchner publicou ontem no Diário Oficial a resolução da Secretaria de Transportes que autoriza a Varig a operar nas rotas para a Argentina. Dessa forma, encerra-se uma crise de meses entre a Varig e o governo Kirchner, que respaldava ativamente os sindicatos aéreos argentinos contra a empresa brasileira. Por causa do conflito, os vôos da empresa entre o Brasil e a Argentina foram suspensos desde o dia 8 de agosto até esta semana. Os sindicalistas alegavam que a antiga Varig havia prometido que seus trabalhadores na Argentina não perderiam seus emprego. Os sindicalistas contavam com o apoio do subsecretário de Transporte Aéreo, Ricardo Cirelli, que até assumir o posto, há poucos anos, era a principal liderança sindical dos funcionários das companhias aéreas. O acordo só foi possível depois que a nova Varig, controlada pela Gol, concordou com a contratação de 51 trabalhadores da antiga Varig. Eles terão a garantia de dois anos de estabilidade de emprego e da manutenção de seu salário. Outras cinco dezenas de trabalhadores que pertenciam à Varig optaram por continuar com os processos na Justiça contra a empresa para exigir o pagamento das indenizações por demissões. O conflito havia sido iniciado quando, segundo os sindicalistas, a Varig havia demitido seus mais de 100 empregados na Argentina sem forma alguma de indenização. A Varig, por seu lado, não os considerava como funcionários da empresa. A autorização determina a exploração de ''''serviços regulares internacionais de transporte aéreo de passageiros, correio e cargas'''' nas rotas que unem Buenos Aires a São Paulo ou ao Rio de Janeiro. Procurada pela reportagem, a Varig não se pronunciou sobre o assunto.

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