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VarigLog estimula funcionários da Varig a procurar emprego

Ele explicou que "não se faz omelete sem quebrar a casca do ovo", mas que "a gente tem que olhar o lado positivo"

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da VarigLog, empresa que arrematou a Varig na última quinta-feira por US$ 500 milhões, João Luis Bernes de Souza, disse nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Eldorado, que os trabalhadores da Varig devem aproveitar o momento de expansão pelo qual passa a viação comercial brasileira - com crescimento entre 15% e 18% ao ano - para buscar emprego em outras companhias. "Uma parte dessa mão de obra que, eventualmente, não encontre espaço nessa nova unidade da Varig, que nasce agora, irá se posicionando aos poucos nas ofertas que o mercado de modo geral o trará para os especialistas em transporte aéreo". O presidente da VarigLog não quis fazer previsões sobre possíveis cortes no quadro de funcionários. "Fazer prognósticos, agora, pode ser até um pouco cruel com relação a essas pessoas. Eu prefiro enviar uma mensagem de esperança, acreditar que nós teremos a competência, a vontade, a energia; todos os ingredientes para reconstruir a empresa. E que, muito rapidamente, essas vagas de trabalho voltarão ao mercado e nos vamos buscar esses companheiros que poderão, temporariamente, ficar sem trabalho." Ele explicou que "não se faz omelete sem quebrar a casca do ovo", mas que "a gente tem que olhar o lado positivo". Assegurou, ainda, que não haverá "grandes traumas sociais, como a primeira vista possa parecer". Planos de reestruturação A VarigLog realiza nesta sexta seu primeiro dia de operações. O presidente empresa afirmou que, em um primeiro momento, será realizado um balanço da frota para saber as condições em que se encontra cada avião, seus contratos de leasing, sua parte técnica e, principalmente, as negociações. Ele prevê que nos próximos 15 ou 20 dias já se terá definido o tamanho da frota e os tipos de avião que a compõe. "O trabalho com os donos dos aviões, principalmente os norte americanos, é que vai definir os nossos próximos passos". Ele afirmou que o propósito é retomar uma empresa de 40 ou 50 aviões o mais rápido possível, "para que aí a gente possa ocupar o espaço que precisamos no sentido de reconstruir a Varig". Souza declarou que esse é o primeiro passo para que se possa definir o tamanho da empresa e a quantidade de funcionários a serem admitidos pela "nova unidade produtiva". Ele reiterou a preocupação da empresa com os funcionários que correm risco de demissão. "Evidentemente, que a gente mira a rentabilidade da empresa, mas sem perder de vista o aspecto social".

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