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VarigLog terá de negociar com empresas de leasing

Audi informou que o juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio, Luiz Roberto Ayoub, solicitará à Justiça americana a extensão do prazo que protege as aeronaves da Varig de arresto

Por Agencia Estado
Atualização:

A lista de funcionários que serão aproveitados na nova empresa que será criada a partir do leilão da Varig, realizada hoje, será divulgada ao longo dos próximos três dias. O representante da Volo, empresa que controla a VarigLog - empresa que arrematou a Varig no leilão de hoje -, Marco Antônio Audi, explicou que esse número de empregados que serão aproveitados vai depender da quantidade de aeronaves que a nova empresa vai dispor. A companhia pretende negociar com empresas de leasing para voltar a operar com aeronaves que hoje estão paradas, sob ameaça de arresto. Aliás, este será o principal desafio da VarigLog. Audi informou que o juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio, Luiz Roberto Ayoub, solicitará à Justiça americana a extensão do prazo que protege as aeronaves da Varig de arresto. Amanhã será realizada em Nova York uma audiência para discutir o assunto. O representante da VarigLog, João Luiz Souza, acredita que agora as negociações serão melhores porque a empresa já tem autoridade para fechar acordos em nome da Varig. Atualmente uma consultoria, contratada pela VarigLog, trabalha para analisar quais os aviões que estão em melhores condições e seriam mais vantajosos para a Varig reaver, além de analisar também as aeronaves que estão paradas hoje sob ameaça de arresto. Segundo ele, será com base nessas informações que a nova companhia poderá definir sua malha e o número de funcionários que irá ter. "Acredito que em 10 a 15 dias já se possa responder a essas perguntas", disse. Audi revelou que o grupo está negociando parcerias com empresas aéreas, entre elas a Aeroplas canadense para dar fôlego à nova empresa. Entretanto, destacou que nada foi assinado oficialmente até o momento. Os executivos confirmaram o interesse de reaver todas as rotas da Varig que foram suspensas e hoje estão sendo atendidas por outras companhias aéreas dentro do plano de contingência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Manutenção das linhas A nova empresa formada a partir da venda da Varig para a VarigLog terá 30 dias após a homologação da operação para comprovar que tem condições de manter todas as suas linhas. Caso contrário os slots (horários e espaços para pouso e decolagem nos aeroportos) serão redistribuídos para outras companhias. O presidente da Agência , Milton Zuanazzi, explicou que, nos últimos meses, a companhia aérea deixou de operar várias rotas, que foram atendidas por outras empresas em um plano de contingência preparado pela Anac. Disse ainda que a autorização do órgão para a nova companhia que será criada para incorporar os ativos da Varig dependerá do cumprimento dos pré-requisitos exigidos pela agência. Hoje a Varig conta apenas com 16 aviões em atividade e opera somente 20% dos vôos de sua malha original. São apenas 14 cidades no Brasil, o que fez a participação de mercado da empresa despencar para 4,9% na primeira quinzena de julho. A malha internacional, que já incluiu todos os continentes, hoje se resume a Frankfurt, Londres, Miami e Nova York. Com tão poucos vôos - e com a falta de dinheiro para oferecer de castanhas a bebidas -, até a Sala VIP no aeroporto de Guarulhos foi desativada. Diretoria Audi disse também que nos próximos dias será anunciada a nova diretoria da empresa. Mas confirmou que o atual presidente da Varig, Marcelo Bottini, vai continuar à frente da companhia aérea durante o período de transição que, segundo ele, não será curto. "Acredito que Bottini é a pessoa certa para terminar o atual processo de recuperação da companhia", disse.

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