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Veja afirma que Ricardo Sérgio pediu propina na privatização da Vale

Por Agencia Estado
Atualização:

A revista Veja, que circula este final de semana, publica uma nova denúncia contra o ex-diretor do Banco do Brasil e arrecadador financeiro de campanhas de José Serra (PSDB) e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira. Segundo reportagem de capa da revista, Oliveira teria pedido 15 milhões (não esclarece se em reais ou dólares), ao empresário Benjamin Steinbruch, que liderou o consórcio vencedor do leilão de venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Oliveira deixou a diretoria do Banco do Brasil após ser envolvido em denúncias semelhantes, nas privatizações das teles. O então senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) afirmou que ele recebeu R$ 90 milhões para favorecer o consórcio Telemar. As megaprivatizações das teles e da CVRD aconteceram durante o primeiro mandato de Fernando Henrique. O dinheiro, segundo a Veja, teria sido o preço cobrado por Ricardo Sérgio para que fosse montado em torno de Steinbruch o consócio que venceu o leilão, com a participação de três dos maiores fundos de pensão do país. Veja garante que a história foi confirmada pelo ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros e pelo ministro da Educação Paulo Renato Souza. Apresentado a José Serra e a Fernando Henrique Cardoso pelo ex-ministro Clóvis Carvalho, Oliveira foi coletor de fundos para as campanhas de José Serra a deputado federal, em 1990, e ao Senado, 1994, e das duas campanhas presidenciais de FHC, em 1994 e 1998. Segundo Magalhães, enquanto atuava como diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio era quem dava a palavra final nos investimentos do Previ, o fundo de pensões dos funcionários do banco. A reportagem da Veja se baseia em relatos que Steinbruch teria feito à Mendonça de Barros e Paulo Renato. Em entrevista à revista, Steinbruch nega que tenha pago a propina e diz que não fará comentários sobre o caso. Ricardo Sérgio afirma que a história ?é mentira grosseira?.

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