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Veja de quanto será a economia com o IR menor

Com a correção da tabela do Imposto de Renda em 17,5%, feita por meio de uma Medida Provisória, o desconto mensal nos salários será reduzido neste mês e faz com que as pessoas comecem a pensar o que fazer com a diferença.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os contribuintes brasileiros finalmente poderão conferir o resultado dos meses de negociações que permitiram a correção da tabela do Imposto de Renda em 17,5%. Em janeiro, eles terão de pagar menos ao Fisco, depois de cinco anos sem nenhuma alteração no IR. As vantagens da correção atingem todas as pessoas que pagam IR, mesmo que a questão continue causando polêmica no Congresso. O presidente Fernando Henrique Cardoso vetou o projeto de atualização da tabela e, em seu lugar, editará uma Medida Provisória (MP), que será analisada pelos congressistas. Desde já os contribuintes pagam menos imposto. Quem tem renda líquida mensal entre R$ 900 e R$ 1.057,50 não precisará mais se preocupar com o IR, pois passa a ser isento. Quem ganha entre R$ 1.057,51 e R$ 2.115 pagará a alíquota de 15% e terá um desconto padrão de R$ 158, ao invés de R$ 135. Esse valor é subtraído todo mês do imposto devido. Num cálculo feito pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), uma pessoa com renda de R$ 1.500 e dois dependentes pagará R$ 34. Antes, o Leão ficava com R$ 63. A diferença é de 46%. Para rendas líquidas acima de R$ 2.115, a alíquota é de 27,5%. O desconto padrão passa de R$ 360 para R$ 423. Na prática, uma pessoa que ganha R$ 3 mil - também considerando-se dois dependentes - pagará R$ 343. A diferença com os R$ 415 que pagava de imposto anteriormente corresponde a 17%. Proporcionalmente, a diferença entre o IR antes da correção e o que será pago a partir de agora é maior para quem tem renda menor. Se quem ganha R$ 1,5 mil pagará 46% a menos, quem tem rendimento de R$ 10 mil terá um desconto de apenas 3%. As deduções do IR também foram corrigidas. Parte delas tem efeito imediato, como o desconto por dependente, que passa de R$ 90 para R$ 105, ao mês. Gastos com educação, que são deduzidos anualmente, entrarão na declaração a ser entregue em abril de 2003, relativa aos rendimentos de 2002. O limite passa de R$ 1.700 para R$ 1.998, por dependente. Correção garante rendimento maior Com a nova tabela do IR, os contribuintes passaram a ter de tomar uma agradável decisão: o que fazer com a quantia que antes era cobrada pelo Leão e a partir de agora fica intocada? A economia mensal com a correção dos limites e deduções do imposto em 17,5% pode chegar a R$ 63,20 ao mês, dependendo do rendimento. Não chega a ser uma fortuna, mas pode garantir pequenos planos. Os ganhos com a correção da tabela podem ser divididos em três categorias. A primeira é composta por pessoas que têm renda líquida entre R$ 900 e R$ 1.800, que pagam alíquota de 15% e poderão economizar até R$ 23,60 ao mês. Para quem ganha entre R$ 1.800 e R$ 2.115, a alíquota do IR passou de 27,5% para 15%. Com essa alteração e a correção dos descontos, esses contribuintes deixarão de entregar ao Fisco uma quantia que varia entre R$ 23,60 - para a renda menor - até R$ 63. Pessoas que ganham mais de R$ 2.115 continuam pagando alíquota de 27,5%, mas, com os descontos ajustados, elas economizarão R$ 63,20 do imposto pago na fonte.

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