Para negociar a aprovação da reforma trabalhista no Senado, o presidente Michel Temer enviou a parlamentares ainda durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma carta em que se comprometeu a fazer modificações na reforma trabalhista. O projeto de lei foi aprovado ontem na etapa final de votação na Casa e agora aguarda a sanção presidencial para entrar em vigor.
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O documento foi lido pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, a quem Temer deu carta branca para negociar as modificações necessárias. Veja aqui o documento na íntegra.
A carta afirma que o projeto da reforma trabalhista foi "melhorado" na Câmara e que, durante as discussões no Senado "haveria a possibilidade de, através de vetos e da edição de uma medida provisória, agregar as contribuições e realizar os ajustes sugeridos".
"(...) quero aqui reafirmar o compromisso de que os pontos tratados como necessários para os ajustes, e colocados ao líder do governo, Senador Romero Jucá, e à quipe da Casa Civil, serão assumidos pelo governo, se esta for a decisão final do Senado da República", diz o documento assinado por Temer.
No entanto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em sua conta no Twitter na madrugada desta quarta-feira, 12, que não votará nenhuma medida que altere o texto aprovado ontem, o que levou inclusive senadores da base a cobrarem o cumprimento do acordo.