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Veja os efeitos da liberação de tarifas aéreas

Os preços máximos das passagens aéreas não dependerão mais de autorização do DAC para os vôos entre os 11 principais aeroportos brasileiros. Os maiores beneficiados deverão ser os turistas com passagens mais baratas fora do horário de pico.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os ministérios da Defesa e da Fazenda anunciaram ontem a liberação de preços das passagens aéreas cobradas nas ligações entre os 11 principais aeroportos brasileiros, que atendem a 46% do tráfego aéreo nacional. A medida vale a partir de amanhã e atinge os vôos entre os aeroportos de São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Rio de Janeiro (Santos Dumont e Antonio Carlos Jobim), Belo Horizonte (Pampulha e Confins), Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Campinas e Florianópolis. Para os demais destinos no País, os preços máximos das passagens ainda dependerão de autorização do Ministério da Fazenda e do Departamento de Aviação Civil (DAC). As principais companhias aéreas foram surpreendidas pelo anúncio do governo num momento em que até mesmo a ponte aérea Rio-São Paulo, o trecho mais nobre da aviação doméstica, passou a fazer parte da guerra de descontos no preço das passagens iniciada em novembro de 2000. O vice-presidente de Vendas da Transbrasil, Flávio Carvalho, afirma que a possibilidade de aumento das tarifas é restrita a poucos horários e trechos de maior procura, mas pode se refletir na ampliação da política de descontos da empresa. "Com a possibilidade de cobrar um pouco mais em alguns vôos, será possível distribuir melhor os passageiros e até mesmo oferecer preços ainda melhores em horários de menor procura", diz. O presidente da Vasp, Wagner Canhedo, diz ver com bons olhos a maior flexibilidade permitida ao mercado, mas garante que a empresa não fará nenhuma alteração na sua atual política comercial. Liberação de tarifas pode provocar aumentos A nota distribuída pelo Ministério da Fazenda confirma que a medida deverá beneficiar os passageiros com flexibilidade de horários de vôo, principalmente turistas. Porém, alerta que isso poderá provocar aumento no preço das passagens para classe executiva, assim como nas passagens na classe econômicas em horários de maior demanda. A restrição para os vôos que atendam aeroportos de menor tráfego deve-se ao temor que os preços subam demais nestas regiões. Segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Cláudio Considera, em seis meses será avaliada a possibilidade de liberar tarifas para outros aeroportos. As empresas serão obrigadas a informar ao DAC quando houver reduções e aumentos de preços nas passagens em até cinco dias. Atualmente, as companhias já tinham liberdade de aplicar descontos nas tarifas, mas estavam limitadas a um preço máximo estabelecido pelo governo.

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