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Venda da Intelig será fechada este ano

A venda da Intelig estará concluída até o final do ano, informou o presidente da operadora de longa distância, José Carlos Cunha. "O desejo dos controladores é de que tudo esteja resolvido até 31 de dezembro", disse o executivo.

Por Agencia Estado
Atualização:

A venda da Intelig estará concluída até o final do ano, informou o presidente da operadora de longa distância, José Carlos Cunha. "O desejo dos controladores é de que tudo esteja resolvido até 31 de dezembro", disse o executivo, referindo-se aos acionistas National Grid, que tem 50% das ações, France Telecom, com 25%, e Sprint, com outros 25%. Sem fornecer maiores detalhes, ele afirmou que são três as propostas na mesa de negociação. A Brasil Telecom assumiu oficialmente que entrou na disputa, mas sua proposta pode ser prejudicada pela intenção dos sócios de vender 100% da companhia. "O interesse dos acionistas é sair do Brasil para se concentrar em seus mercados de origem", disse Cunha. Por não ter antecipado as metas de universalização de 2003, a Brasil Telecom está impedida por lei de adquirir o controle de outras companhias, devendo restringir suas aquisições a até 19,9% do bloco de controle. Outra empresa que está analisando a compra da Intelig é a GVT, que não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas também não negou as negociações. O presidente da operadora espelho, Amos Genish, já comentou abertamente que a GVT tem interesse em adquirir ativos a baixo preço, o que seria o caso da Intelig. A terceira proposta para compra da Intelig seria dos próprios executivos da companhia, suportados por um fundo ou investidor financeiro. Cunha recusou-se a comentar se esse parceiro já teria sido encontrado, mas defendeu que o setor de telecomunicações viverá uma segunda onda de investimentos, dessa vez impulsionada por fundos de private equity com visão de retorno no médio prazo. Segundo o presidente da Intelig, a operadora encerrará o ano com faturamento superior a R$ 1 bilhão. No exercício anterior foram R$ 900 milhões. A margem Ebtida deve ser de 10%. Cunha destacou que em outros países, operadoras de longa distância trabalham com margens próximas de 25%, enquanto as companhias de telefonia local operam com 35% de margem Ebtida. "No Brasil, as locais têm algo entre 45% e 50%, enquanto as de longa distância ficam com 10%", disse Cunha, atribuindo a diferença às distorções das tarifas de interconexão vigentes no Brasil. O executivo participa do Futurecom, evento de telecomunicações que acontece até quinta-feira no Centro de Convenções de Florianópolis.

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