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Venda de duráveis em janeiro ficará bem abaixo de 2005

Na primeira quinzena deste ano, as vendas de duráveis, computadas pelas consultas SCPC, subiram apenas 1,1%. Em dezembro, o crescimento foi de 2,1%.

Por Agencia Estado
Atualização:

As vendas de bens duráveis no comércio de São Paulo em janeiro ficarão bem abaixo do desempenho de 2005. Mesmo com um dia útil a mais este ano, o movimento do mês não se aproximará da alta de 6,8% do mesmo período de 2005, na comparação com o mesmo mês de 2004. Na primeira quinzena deste ano, as vendas de duráveis, computadas pelas consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), subiram apenas 1,1%. Em dezembro, o crescimento foi de 2,1%. O economista Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo, afirmou que as vendas de duráveis estão fracas. No fechamento do mês, o crescimento deve ser superior ao da quinzena em função do número maior de dias úteis (27 contra 26, do ano passado), mas a média diária deve continuar baixa. Melhor desempenho Já as vendas de produtos de menor valor, computadas pelas consultas ao UseCheque, têm desempenho melhor. Na primeira quinzena deste mês, houve aumento de 7,3%. Alfieri explicou que as vendas desses produtos têm sido superiores a de bens duráveis desde novembro do ano passado. Nos primeiros dez meses de 2005, o desempenho foi inverso, com uma comercialização maior de duráveis do que bens mais baratos, tendo com base as consultas feitas ao SCPC e ao UseCheque. Para Alfieri, o forte verão deste ano também prejudica o desempenho do comércio paulista. Os consumidores estão trocando a ida aos shopping centers nos finais de semana por programas ao ar livre, como viagens ao litoral e interior. Vendas devem aumentar no 2º trimestre A Associação Comercial só espera aumento de vendas a partir do 2º trimestre, sendo que o Dia das Mães em maio será um termômetro importante desta possível virada. Alfieri afirmou que essa recuperação dependerá de dois movimentos. De um lado, o comércio espera uma queda mais acentuada da taxa básica de juros (Selic - atualmente em 17,25% ao ano). As vendas deslanchariam com juros no patamar de 15%. Outro condicionante é o nível de inadimplência dos consumidores. Em dezembro, o número de adimplentes superou o de inadimplentes junto ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), o que é um fator positivo. A dúvida é se não haverá um repique do número de inadimplentes em fevereiro, como reflexo de compras de Natal.

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