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Venda foi planejada há dez anos

Lily Safra se desfaz de ativos

Por Alberto Komatsu
Atualização:

Ao vender o Ponto Frio para o Pão de Açúcar, Lily Safra, maior acionista individual da rede, conclui um projeto delineado há 10 anos por ela e o enteado Carlos Monteverde, que também tem importante participação na holding Globex. Lily atualmente vive em Londres, e já tinha uma fortuna pessoal estimada em R$ 1,6 bilhão pelo jornal Sunday Times, que lista anualmente os 100 moradores mais ricos do Reino Unido. Este ano, ela ocupava a 87ª posição nesse ranking. Com a venda, a "completamente brasileira" Lily, como gosta de frisar, deu mais um passo no objetivo de preparar a sucessão dos filhos Adriana e Eduardo, nascidos de seu casamento com o empresário argentino Mario Cohen. O terceiro filho, Claudio, morreu em um acidente em 1989. Lily já havia se desfeito de outro valioso ativo em agosto, quando protagonizou a maior transação imobiliária do mercado de alto luxo, ao vender sua casa na Cote D?Azur, na França, por 500 milhões (R$ 1,2 bilhão) para um bilionário russo. "Ela é uma pessoa exigente, criteriosa, pragmática e gosta das coisas bem feitas", conta um empresário próximo a ela quando era casada com Edmond Safra, um dos fundadores do Banco Safra. O banqueiro morreu em 1999, durante incêndio no apartamento em que vivia com Lily, em Mônaco. Lily, hoje com 76 anos, é filha de imigrantes judeus russos e nasceu no Rio Grande do Sul. Apesar de modestos, os pais não economizaram em sua educação. Desde cedo, aprendeu a falar inglês e francês. Gostava de se vestir com elegância e frequentar festas. Foi numa delas que conheceu o primeiro marido, Cohen, com quem se casou aos 19 anos. Foi também numa festa que conheceu Alfredo Monteverde, dono da rede Ponto Frio, que já tinha um filho de outro casamento, Carlos. Lily deixou Cohen para se casar com Monteverde. Em 1969, ele foi encontrado morto em casa, com um tiro no tórax. Investigações policiais concluíram se tratar de suicídio.

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