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Vendas caem, mas supermercados esperam melhor Natal em 4 anos

A Abras mantém a expectativa de que nos 10 dias que precedem o Natal o aumento fique entre 10% e 12% frente ao mesmo período de 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

As vendas do setor supermercadista em novembro registraram uma queda real de 2,33% em relação a igual período de 2004, e recuo de 3,31% em comparação a outubro deste ano, de acordo com dados divulgados hoje pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado de janeiro a novembro, as vendas registraram crescimento real de 1,23%, mesmo com a desaceleração da economia e as altas taxas de juros registradas no período, destacou a entidade. Em valores nominais, as vendas do setor tiveram incremento de 3,74% ante novembro de 2004; caíram 2,78% sobre outubro; e subiram 8,24% no acumulado do ano, até novembro. Perspectiva menor para 2005 O presidente da Abras, João Carlos de Oliveira, informou que a entidade reduziu a estimativa de crescimento das vendas em 2005, em termos reais, de 2,0%, como era esperado até o mês passado, para 1,5%. A correção foi feita, segundo ele, em decorrência do desempenho de novembro. Segundo a Abras, se o crescimento esperado para este ano se confirmar, será em decorrência do bom desempenho dos três primeiros meses do exercício, pois a partir de abril o setor entrou numa trajetória de redução de vendas. Melhor Natal em 4 anos Oliveira informou que estão mantidas as projeções referentes ao desempenho de dezembro, para quando é esperada uma alta de 4% nas vendas sobre igual intervalo do ano passado. A Abras também mantém a expectativa de que nos 10 dias que precedem o Natal o aumento fique entre 10% e 12% frente ao mesmo período de 2004 - apesar de destacar que de hoje até sábado poderá haver um maior movimento nas lojas. O executivo reiterou que este será o melhor Natal dos últimos quatro anos, enfatizando que os anos recentes não foram bons para o setor. A Associação informou também que o aumento na comercialização de produtos importados neste Natal será de aproximadamente 20% por causa do dólar baixo. Contudo, esses produtos representarão cerca de 2% no faturamento total do setor em 2005 frente ao 1,8% do ano passado.

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