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Vendas da indústria crescem 4,01%

Por Agencia Estado
Atualização:

As vendas industriais reverteram em setembro a queda que vinham acumulando no ano e a recuperação deverá se manter nos próximos meses, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em setembro, as vendas avançaram 1 69% sobre agosto. Depois de queda nos dois primeiros trimestres do ano, as vendas fecharam o terceiro trimestre com avanço de 4 01% sobre 2001. A recuperação foi generalizada nos outros itens pesquisados no mês: nas horas trabalhadas (0,68%), salários reais (0,16%) e pessoal empregado (0,08%). Com isso, o desempenho de vendas no ano passou de -0,78% até agosto para crescimento de vendas de 0,20% até setembro. Para o coordenador de Política Econômica da CNI, Flávio Catelo Branco, "não há motivos no horizonte para reverter o quadro de recuperação". O principal motivo do avanço das vendas no trimestre, segundo Castelo Branco, foram as exportações, além de fatores mais pontuais, como os gastos das campanhas eleitorais e os desembolsos de parcelas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que estimularam parcialmente a demanda interna. "A economia está mostrando sinais de recuperação. Agora precisa de um combustível mais forte para um crescimento mais sustentável" afirmou. Juros Para o economista, a retomada continuará, mas ainda não é possível antever com que intensidade. Ele avalia que a alta dos juros básicos, elevados para 21% a ano, é um fator inibidor do crescimento da atividade, mas deverá ter um impacto mais reduzido que no passado recente. Este efeito poderá, ainda, ser compensado com a recuperação da confiança dos consumidores, decorrente da "definição do quadro eleitoral", e redução das incertezas. O nível de utilização da capacidade instalada foi de 81 1% em setembro, o mais alto do ano, se retirados os efeitos sazonais. Na prática, este nível de utilização da capacidade instalada se aproxima do nível alcançado na virada de 2000 para 2001, quando a produção industrial estava aquecida. Em janeiro de 2001, a taxa de utilização foi de 81,8%. O crescimento de vendas acima das horas trabalhadas aponta para um movimento de ajuste de estoques.

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