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Vendas de aço no Brasil têm leve queda em maio, diz IABr

Vendas somaram 2 milhões de toneladas, queda de 0,4% sobre o verificado um ano antes e aumento de 4% na comparação com abril 

Por Reuters
Atualização:

As vendas de aço no mercado brasileiro em maio tiveram leve queda na comparação com o mesmo período de 2010, mas registraram avanço em relação a abril, informou o Instituto Aço Brasil (IABr), nesta segunda-feira, 20. As vendas somaram 2 milhões de toneladas, queda de 0,4% sobre o verificado um ano antes e aumento de 4% na comparação com abril. Mais cedo, a Associação Mundial de Aço (WSA) divulgou que a produção brasileira de aço bruto no mês passado cresceu 14,7% na comparação com maio de 2010, para 3,276 milhões de toneladas. Em relação a abril, houve crescimento de 9,6%. Os dados incluem a produção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que começou a produzir placas para exportação no Rio de Janeiro no final do primeiro semestre do ano passado. Segundo os dados do IABr, apesar da produção de aço bruto ter subido, a de laminados recuou 2,5 por cento em maio na comparação anual, para 2,24 milhões de toneladas. O recuo se deu pressionado pelo segmento de planos, que tombou 8,4 por cento, a 1,259 milhão de toneladas. Enquanto isso, a produção de longos teve incremento de 6,2 por cento no período, para 979,4 mil toneladas. O setor apurou queda de 42,4 por cento no aço importado em maio na comparação anual, para 284,6 mil toneladas. Com isso, o total acumulado de janeiro a maio é 39 por cento inferior ao verificado no mesmo período de 2010: 1,412 milhão de toneladas, segundo o IABr. Em 2010, o setor siderúrgico foi pressionado por um forte volume de importações que se aproveitaram de incentivos fiscais estaduais e também de preços internacionais mais baixos que no Brasil. As usinas nacionais acabaram tendo de rever sua política de precificação, o que reduziu a diferença e ajudou a conter a entrada de material no país. Na comparação com abril, porém, as importações de maio apontaram avanço de 8,9 por cento, sinalizando temores da indústria sobre pressão de preços no mercado interno nos próximos meses por conta da apreciação do real contra o dólar. Em entrevista à Reuters na quinta-feira, o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, afirmou que os preços de alguns produtos de aços planos no mercado interno podem recuar até setembro por conta da estagnação de preços internacionais e do ganho de 3,4 por cento do real contra o dólar neste ano. Já as exportações das usinas siderúrgicas brasileiras cresceram 37 por cento em maio sobre o mesmo mês de 2010, para 922,1 mil toneladas. Com isso, o total dos cinco primeiros meses do ano soma 4,227 milhões de toneladas, incremento anual de 34,4 por cento. Às 15h40, as ações da Usiminas, maior produtora de aços planos do Brasil, caíam 0,3 por cento, e as da rival CSN perdiam 0,42 por cento. Enquanto isso, a Gerdau mostrava ganho de 0,51 por cento e o Ibovespa alta de 0,5 por cento. O Santander reduziu nesta segunda-feira sua perspectiva de lucro das siderúrgicas brasileiras, afirmando que espera que a demanda cresça de forma mais lenta que o esperado em meio à uma combinação de custos maiores, preços mais fracos e câmbio mais apreciado. . Enquanto isso, o Barclays afirmou em relatório que vê "riscos significativos aos preços de aços planos no segundo semestre". (Por Alberto Alerigi Jr.; Edição de Carolina Marcondes)

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