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Vendas de defensivos e fertilizantes devem ser recordes

Por Venilson Ferreira
Atualização:

As vendas de fertilizantes e defensivos agrícolas devem bater recordes históricos neste ano. As projeções otimistas foram apresentadas ontem por representantes do setor na reunião da câmara temática de insumos agrícolas, do Ministério da Agricultura. Os dados da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda) mostram que as entregas ao consumidor final de janeiro a outubro deste ano somaram 23,896 milhões de toneladas, volume 19,1% superior ao observado em igual período do ano passado. As entregas neste ano devem atingir volume recorde, superando as 24,516 milhões de toneladas do ano passado e as 24,608 milhões registradas em 2007.As indústrias de defensivos agrícolas também preveem faturamento recorde neste ano, na casa dos R$ 15 bilhões. Os dados preliminares até outubro mostram que o setor obteve uma receita de R$ 10,199 bilhões, valor 10% acima do observado em igual período do ano passado.O destaque é o aumento de 21% nas vendas de inseticidas, que atingiram R$ 3,512 bilhões, desbancando o segmento de herbicidas, tradicional carro-chefe do setor. As vendas de herbicidas cresceram 8% e atingiram R$ 3,455 bilhões no acumulado dos dez primeiros meses deste ano.As vendas de fungicidas cresceram 3% e somaram R$ 2,750 bilhões. Eduardo Daher, diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), observa que em função da continuidade das chuvas, que aumenta o risco de incidência da ferrugem, as vendas de fungicidas devem aumentar.Os dados relativos a outubro deste ano mostram que houve aumento de 20% nas vendas em relação ao ano passado. As vendas totais de defensivos em outubro somaram R$ 1,919 bilhão, valor 15% acima do mesmo mês do ano passado,O economista Luiz Antônio Pinazza, presidente da câmara, diz que os números sobre as vendas de insumos refletem o bom momento da agricultura, mas alerta para o fato de o Brasil não ter uma política de seguro anticíclica neste momento de incerteza em relação ao clima. Ele diz que o risco existe, pois desde 2004 a safra brasileira não sofre com uma adversidade climática séria.

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