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Vendas de imóveis residenciais crescem 9,7% em 2019, aponta Cbic

No total, foram 130.137 unidades lançadas em 2019, e 130.434 vendidas

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Por Amanda Pupo (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - As vendas de imóveis residenciais no Brasil tiveram um aumento de 9,7% em 2019, na comparação com o ano anterior, de acordo com pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgada nesta segunda-feira, 2. Também foi registrada alta de 15,4% no volume de imóveis residenciais lançados de 2018 para 2019. No total, foram 130.137 unidades lançadas em 2019, e 130.434 vendidas.

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Apesar das altas, o ritmo de crescimento no ano foi mais lento. De 2017 para 2018, o número de imóveis lançados havia saltado 17,9%, e o de unidades vendidas, 16,4%. 

Um dos motivos para essa desaceleração está na redução do repasse de recursos do FGTS para o Minha Casa Minha Vida - que perdeu participação no total de unidades residenciais vendidas, segundo o levantamento da Cbic.

No último trimestre de 2019, o programa respondeu por 50,6% das unidades residenciais lançadas, e 45,3% das vendas no mesmo período. Em relação ao trimestre anterior, houve queda para os dois indicadores. No terceiro trimestre de 2019, o MCMV representava 56,9% do total de unidades lançadas, 50,7% das vendidas. O programa já chegou a representar cerca de dois terços dos negócios há dois anos.

Expectativa

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, disse que a expectativa da entidade é de o mercado imobiliário cresça em torno de 10% neste ano. A estimativa está no mesmo patamar do crescimento de vendas registrado em 2019, de 9,7%.

Redução do repasse de recursos do FGTS para o Minha Casa Minha Vida desacelerou ritmo de vendas de imóveis Foto: Sérgio Castro/ Estadão

Apesar da insatisfação em relação ao acesso aos recursos do FGTS, Martins destaca como fatores positivos para 2020 as maiores possibilidades de financiamento que estão disponíveis ao consumidor, como a linha de crédito imobiliário com taxa fixa de juros, lançada pela Caixa em fevereiro, e com atualização pelo IPCA.

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“Claro que isso demanda ainda um tempo de maturação, mas são possibilidades que começam a garantir que um número maior de pessoas acessem o financiamento”, disse Martins durante divulgação de pesquisa com os dados do mercado imobiliário consolidados de 2019.

A entidade ainda rejeitou a possibilidade de haver falta de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para financiamento. "Eu defendo há muito tempo que financiamento deveria estar atrelado ao índice de preço e não a TR, é exatamente para não faltar dinheiro", disse Martins. "Não existe nada no radar que aponte que vai faltar dinheiro da caderneta de poupança para os financiamentos", disse vice-presidente da área imobiliária da Cbic, Celso Petrucci.

A expectativa para 2020 em relação aos recursos do FGTS e a afetação no Minha Casa Minha Vida continua pessimista. "A expectativa é de que o MCMV continue perdendo participação. Orçamento é ainda menor do que do ano passado", pontuou o presidente da Cbic.

Novo programa habitacional

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Por outro lado, Martins se mostrou otimista com a possibilidade de ser lançado em breve um novo programa habitacional pelo governo federal. A esperança foi depositada no novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que assumiu a pasta no mês passado.

“Um ano e dois meses que não temos uma política habitacional para interesse social. O que nos deixa com esperança é o novo ministro. Ele quer com a maior brevidade possível sim lançar um novo programa habitacional”, disse.

Martins disse que a entidade “acredita muito” que a questão será resolvida nos próximos dois meses. O presidente da Cbic também voltou a falar que a ideia do modelo de voucher para o Minha Casa Minha Vida não deve ser pensada como o principal gancho de reestruturação do programa. “O que sempre colocamos é que voucher não pode ser o programa, mas algo pontual”, disse.

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