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Vendas de imóveis residenciais em março recuaram 27,4%

Setor deve sofrer ainda mais com o aumento dos juros, restrições de crédito e desdobramento da Operação Lava Jato

Por REUTERS
Atualização:
As vendas na capital paulista somaram 1.267 unidades em março, ante 1.744 unidades vendidas um ano antes Foto: Aliberto Lima/Estadão

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 27,4% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas avançaram 73,1% em relação a fevereiro, informou ontem o Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

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"O mercado imobiliário apresentou reação de vendas no mês de março em relação a fevereiro, mas ainda está aquém do ano passado", disse o Secovi, citando o recuo da confiança do consumidor e dos empresários, além do aumentos dos juros para o financiamento imobiliário.

As vendas na capital paulista somaram 1.267 unidades em março, ante 1.744 unidades vendidas um ano antes.

O valor geral de vendas (VGV) atingiu R$ 672,8 milhões em março, alta mensal de 63,9%, disse o Secovi. O valor médio das unidades vendidas foi de R$ 531 mil.

Os lançamentos de imóveis residenciais somaram 773 unidades, queda de 72,3% sobre o mesmo mês um ano antes. Na comparação com fevereiro, houve queda de 11,4%, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), citados pela entidade.

Já nas outras 38 cidades da Região Metropolitana de São Paulo, as vendas de março somaram 1.428 unidades, queda de 1,4% sobre um ano antes, mas um aumento de 193,8% na comparação com fevereiro. Os lançamentos avançaram 25,4% na comparação anual e saltaram 431,7% ante fevereiro.

Segundo o Secovi, o somatório das vendas dos municípios vizinhos foi 12,7% maior do que o da capital, "o que demonstra que o mercado no entorno apresenta bom desempenho e que isso pode ser explicado, em parte, pelo ticket médio praticado de R$ 349 mil, bem abaixo da média da cidade de São Paulo".

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Cenário.

Os números são indicativos da manutenção do ritmo fraco do setor, já observado ao longo de 2014, e eleva a possibilidade de revisão negativa das expectativas para o mercado imobiliário no ano. O setor deve sofrer com os efeitos do ajuste de política econômica, com a elevação dos juros para financiamento imobiliário e com os desdobramentos da Operação Lava Jato, que devem causar impacto tanto na oferta de crédito quanto no nível de confiança de consumidores e empresários.

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