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Vendas de supermercado caem 2,74% no semestre

Em junho a queda foi de 1,86% na comparação com maio e de 2,28% tomando como base o mesmo mês do ano passado

Por Agencia Estado
Atualização:

As vendas reais do setor supermercadista caíram 2,74% no primeiro semestre do ano, ante o mesmo período de 2005. A variação nominal foi de 2,03%. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em junho, as quedas foram, respectivamente, de 1,86% e 2,07%. Na comparação de junho deste ano com o de 2005, as variações foram de -2,28% e 1,66%. Segundo a entidade, a queda de 1,86% sobre maio é resultado de calendário, já que o mês de junho contou com um dia a menos que maio. Também sofreu impacto da cesta de alimentos AbrasMercado, indicador que apresentou queda real de 2,15% sobre o mês anterior. Maiores quedas No primeiro semestre, os produtos que apresentaram maiores quedas nos preços foram: tomate (44%), batata (33%), frango congelado (21%), pernil (13%), leite em pó integral (11%), carne traseiro e queijo prato (8%), e óleo de soja (6%). O Índice Nacional de Vendas da Abras é resultado de pesquisa em mais de 600 lojas, em 19 capitais, com 35 produtos. No ano passado, os supermercados brasileiros venderam o equivalente a R$108 bilhões. Queda na expectativa A Abras revisou ainda para 1,5% a projeção de alta das vendas reais neste ano. A previsão anterior, divulgada em janeiro, era de incremento de 2,5%. O presidente da entidade, João Carlos de Oliveira, afirmou que, apesar de a revisão para baixo, a estimativa é "muito boa", pois reverterá a queda de 2,74% nas vendas reais do primeiro semestre. Pelos cálculos do executivo, o faturamento real do setor deve crescer pouco mais de 4% nos seis últimos meses do ano para compensar o recuo do primeiro semestre. No ano passado, o faturamento real do setor foi de 0,66%, enquanto o volume físico de vendas teve alta de 5,1%. Essa diferença explica-se basicamente pela queda nos preços dos produtos vendidos. Pelos cálculos da Abras, tendo como base os quatro primeiros meses deste ano, a diferença entre o volume de vendas físicas e o faturamento está na casa dos 3 pontos percentuais, o que comprova novamente o impacto da queda dos preços no faturamento. Segundo o presidente da Abras, as vendas físicas não estão ruins, mas os preços dos produtos caíram em média 4% no primeiro semestre. "A queda nos preços beneficia duplamente o consumidor que aproveita os preços mais baixos para economizar e pagar dívidas antigas", disse Oliveira. Mas, ressaltou: "Esse descompasso entre preços e faturamento prejudica o supermercadista, que vê queda na rentabilidade." Este texto foi atualizado às 14h06.

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