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Vendas do comércio recuaram 5% em agosto

Por Agencia Estado
Atualização:

Os comerciantes da região metropolitana de São Paulo registraram redução de 4,9% nas vendas de agosto em relação ao mesmo mês do ano passado. O resultado acumulado no ano zera o crescimento das vendas no setor em 2003 -- na comparação com 2002. Até julho, o varejo da região computava alta de 0,59%, graças ao desempenho dos primeiros quatro meses do ano. Com o resultado de agosto, a retração acumulada no ano é de 0,05%, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio SP). A perda das vendas do mês passado é a menor desde maio. Só não é possível afirmar que trata-se de uma reversão da tendência de queda porque o cenário macroeconômico não indica retomada do consumo, analisa a Fecomercio. Técnicos da Federação esperam que os cortes na taxa básica de juros só afetarão o crédito a partir do primeiro trimestre de 2004. A expectativa continua sendo de queda ou de estabilidade das vendas do varejo no fechamento de 2003. Em agosto, todos os grupos pesquisados pela Fecomercio SP registraram queda de faturamento. O pior resultado ficou com o comércio automotivo, que recuou 23,8%, puxado pela perda de vendas de 28% das concessionárias de veículos, em razão das dificuldades de financiamento. Em autopeças, houve aumento de 6,2%. Setores No grupo de semiduráveis, cujo desempenho nas vendas registrou uma queda de 7,5%, as lojas de vestuário ainda registram desempenho negativo nas vendas, de 6,41% em agosto, mas é menor que a registrada nos meses anteriores. Em julho, a queda deste segmento tinha sido de 24,5%. Os calçados registraram perfomance semelhante: o recuo no mês passado foi de 14,9%, mas em julho tinha sido de 20,4%. Com relação ao comércio de bens duráveis, o faturamento caiu 3,4%, com o segmento de móveis e decorações em queda de 15,9%, motivada principalmente pelo bom resultado de agosto do ano passado, o que compromete a comparação. No segmento de eletrodomésticos, as expectativas estão voltadas para os efeitos do programa de financiamento do governo para a compra de eletrodomésticos. O faturamento do grupo de não-duráveis, no qual estão os supermercados, farmácias e perfumarias aproximou-se do patamar positivo (-0,08%), após três meses consecutivos de queda e ficou no mesmo nível de vendas de agosto de 2002. Os supermercados, que tiveram baixa de 0,23% em agosto, ainda estão com alta acumulada no ano de 8%, em razão do desempenho do começo do ano. Já o grupo de materiais de construção, que caiu 19%, faz um ajuste após passar vários meses com desempenho acima dos demais segmentos pesquisados.

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