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Vendas e lançamentos da MRV crescem no segundo trimestre

"A Copa teve algum impacto, fosse um ano normal a venda teria sido mais alta", disse

Por JULIANA SCHINCARIOL
Atualização:

A construtora e incorporadora MRV teve crescimento anual de vendas e lançamentos no segundo trimestre, apoiada em estratégia focada no segmento de moradias econômicas, que têm mostrado resistência à desaceleração da economia e onde a concorrência tem se mostrado reduzida. "A Copa teve algum impacto, fosse um ano normal a venda teria sido mais alta", disse à Reuters o diretor-executivo de finanças da companhia, Leonardo Côrrea. "O nosso mercado, ou as nossas operações, estão muito mais resilientes", disse o executivo citando queda de vendas e lançamento de empresas que atuam nos segmentos de médio e alto padrões. Segundo a MRV, 68 por cento dos lançamentos da empresa no período se enquadraram no programa habitacional do governo federal Minha Casa Minha Vida. Os lançamentos da MRV atingiram 1,05 bilhão de reais no segundo trimestre, alta de 65 por cento sobre o mesmo período do ano passado. Mas em comparação com o primeiro trimestre, eles caíram 10 por cento. O forte avanço anual dos lançamentos foi apoiado também por uma baixa base de comparação anual, disse Côrrea. No semestre, os novos empreendimentos da companhia acumularam alta anual de 59 por cento, a 2,2 bilhões de reais. A rival Cyrela Brazil Realty divulgou nesta semana que os lançamentos da empresa recuaram 49,5 por cento no segundo trimestre, a 890 milhões de reais. Já as vendas contratadas diminuíram 42 por cento e encerraram o trimestre em 1,26 bilhão de reais. Já no caso da Even, os lançamentos cresceram 14 por cento ano a ano (para 586 milhões de reais), mas as vendas de 377 milhões de reais representaram recuo de 38 por cento na comparação anual.

Os lançamentos da MRV atingiram 1,05 bilhão de reais no segundo trimestre Foto: Divulgação

REPASSES A MRV repassou 10.796 unidades entre abril e junho, volume 14 por cento menor na comparação anual, mas 45 por cento mais elevado do que no primeiro trimestre, apesar do aumento da taxa Selic e do efeito negativo da Copa, disse a MRV. As vendas contratadas no período foram de 1,52 bilhão de reais, alta de 10 por cento na comparação anual e leve queda de 1 por cento sobre o primeiro trimestre. Em unidades, o crescimento foi de 1 por cento na comparação anual. O avanço maior do valor das vendas se deu pelo reajuste de preços e comercialização em capitais maior do que no interior, onde os preços são um pouco mais baixos, disse Corrêa. Do total vendido entre abril e junho, 82 por cento foi elegível ao Minha Casa Minha Vida. O executivo não comentou sobre a venda de estoques, limitando-se a informar que como as vendas foram superiores aos lançamentos, o volume de estoque vendido "foi considerável". No acumulado do ano até junho, as vendas subiram 23 por cento, a 3,06 bilhões de reais. A velocidade de vendas (VSO) foi de 26 por cento, ante 27 por cento um ano antes.

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